Abstract

OBJETIVO: caracterizar e analisar o uso das estratégias de reparo incomuns por crianças com desvio fonológico e relacionar a sua utilização com as variáveis faixa etária e sexo; e com as variáveis linguísticas grau do desvio, estrutura silábica, classe de sons e posição na palavra. MÉTODOS: os dados são provenientes do banco de dados do Centro de Estudos de Linguagem e Fala da Universidade Federal de Santa Maria, todos os sujeitos apresentam Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando o uso dos dados em pesquisas. Foram selecionados os dados de 178 sujeitos que apresentaram diagnóstico de desvio fonológico e idade entre 4:0-7:11. Foram analisados os resultados da primeira avaliação fonológica da criança. RESULTADOS: houve significância estatística na relação entre a utilização ou não de estratégias de reparo incomuns na amostra estudada, predominando a não utilização. Foi significante a relação entre a utilização de tais estratégias e a faixa etária, com predomínio na faixa de 5:0-5:11, e o grau do desvio, com maior ocorrência no desvio moderadamente-grave. A relação entre as classes de sons também foi significante, predominando a classe das fricativas. Observou-se ocorrência de estratégias de reparo incomuns apenas na posição de onset, sendo a estrutura consoante vogal a única encontrada no estudo. CONCLUSÃO: verificou-se que as estratégias de reparo incomuns são pouco utilizadas por crianças com desvio fonológico. Além disso, encontrou-se relação significante entre a utilização de estratégias de reparo incomuns e as variáveis faixa etária, grau do desvio fonológico e classes de sons.

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