Abstract

RESUMOO objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade adaptativa, com base em dados de área foliar específica (AFE) e comprimento do pecíolo (CP) de espécies nativas do Cerrado de duas áreas em recuperação, comparadas com indivíduos-controle. Foram selecionadas cinco espécies na Área 1 (luminosidade intensa) e 10 espécies na Área 2 (luminosidade intensa). Houve diferenças significativas entre as espécies das duas áreas e o controle, para a maioria das espécies estudadas. A AFE e o CP, ao contrário do que se esperava, foram significativamente maiores na Área 2 do que no controle (sombreamento). Entretanto, grande parte das espécies da Área 1 tiveram AFE e o CP iguais ou menores do que o controle e do que as espécies da Área 2. As espécies estudadas possuem, portanto, a capacidade de ajustar sua morfologia e, provavelmente, também sua fisiologia, para a aclimatação a ambientes com luminosidade intensa. Assim, são espécies potenciais para utilização em programas de recuperação ambiental.

Highlights

  • The purpose of this study was to measure the adaptive capacity, based on data from specific leaf area (SLA) and petiole length (PL) of Cerrado’s native species of two areas in recovery compared with control subjects. 5 species were selected in Area 1 and 10 species were selected in Area 2

  • Novas formas de reflorestamento foram testadas, mudando também a forma de lidar com paisagens degradadas em florestas tropicais (LAMB et al, 2005)

  • Entre todos os fatores ambientais que afetam o desenvolvimento e adaptação das plantas, principalmente em florestas tropicais, a luz é provavelmente o recurso de maior variação espacial e temporal, tornando-se fator limitante em muitos ambientes (PEARCY, 2007)

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Summary

INTRODUÇÃO

Novas formas de reflorestamento foram testadas, mudando também a forma de lidar com paisagens degradadas em florestas tropicais (LAMB et al, 2005). Estratégias diferentes, em relação à morfologia foliar, são esperadas para plantas em condições de sombra e sob intensa luminosidade, quanto a uma melhor eficiência na captação de luz. Plantas de ambientes mais sombreados tendem a ter folhas delgadas, área foliar específica (razão entre a área foliar e a massa seca da folha) e tamanho do pecíolo maiores, pois essas características ampliam a capacidade da captação de luz por unidade de biomassa foliar (NIINIMETS; FLECKS, 2002; DAHLGREN et al, 2006; LARCHER; BOERGER, 2009; POORTER; GARNIER, 2007). Já as plantas de ambientes com maior disponibilidade de luz tendem a ter folhas mais espessas, por isso área foliar específica menor e tamanho do pecíolo também menor, pois a luz não é fator limitante nesse caso (REICH et al, 1997; EVANS; POOTER, 2001; REICH et al, 2003; LARCHER; BOERGER, 2009). Objetivou-se avaliar a capacidade adaptativa de espécies de duas áreas em recuperação, comparadas com indivíduos-controle, ou seja, indivíduos das mesmas espécies em áreas de vegetação original do Cerrado, procurando responder às seguintes questões: a) as respostas morfológicas foliares apresentadas pelas espécies das duas áreas em recuperação diferem entre si e do controle? b) Por estarem sob radiação intensa e em diferentes condições ambientais, as espécies das áreas em recuperação apresentam traços foliares funcionais (área foliar específica e comprimento do pecíolo) menores do que o controle, que se encontra em maiores condições de sombreamento?

Locais de estudo
Seleção das espécies
Coleta de dados
Análise dos dados
RESULTADOS
Pecíolo
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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