Abstract

Este artigo apresenta uma discussão sobre o ensino de Física nos espaços de educação profissional tecnológica e tem como objetivo apontar caminhos para elaboração do currículo de Física em cursos de Ensino Médio Integrado (EMI) a partir da concepção de escola unitária e educação politécnica. A pesquisa é de natureza qualitativa e se desenvolve com base no entendimento de como é desenvolvido o ensino de Física no curso Técnico Integrado em Edificações no Instituto Federal da Bahia, partindo da análise dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) nos campi de Barreiras, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus e Salvador, e de dados decorrentes da aplicação de um questionário para docentes de vínculo permanente que exerceram suas atividades no EMI em algum desses campi entre os anos de 2017 e 2019. O que está apresentado no PPC, junto ao que os docentes pensam para a Física no EMI, à luz dos nossos referenciais teóricos, conduziu a definição de parâmetros a serem utilizados para a elaboração do currículo de Física. Nossa proposição se baseia em: repensar os conteúdos da Física, a partir de currículos menos engessados, mantido a mesma ou maior capacidade de formação; incentivar o trabalho interdisciplinar como forma de proporcionar a integração curricular; e fomentar o diálogo entre os professores integrantes dos diferentes núcleos de formação. Este trabalho contribui para uma discussão ainda escassa no âmbito do ensino de Física, ao trazer um debate denso e ampliado sobre esta disciplina no EMI, rompendo a linha de apenas apontar experiências de abordagens e metodologias de ensino nas quais a educação profissional figura apenas enquanto cenário. No âmbito político, atua na defesa do EMI na Rede Federal, como uma das ações de maior êxito quando se pensa em educação pública no Brasil.

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