Abstract
Este trabalho apresenta o levantamento florístico das Caesalpinioideae lenhosas nas formações de Cerrado e de Floresta Semidecidual, da Estação Ambiental de Volta Grande. A área de estudo, localizada no Triângulo Mineiro, faz parte do complexo da Usina Hidrelétrica Estadual de Volta Grande, reúne 391 ha e retrata 30 anos de regeneração natural. Foram registrados 14 táxons da subfamília, reunidos em 11 gêneros e quatro tribos. Caesalpinieae foi a tribo mais representada (Dimorphandra Schott, Diptychandra Tul, Peltophorum (Vogel) Benth., Pterogyne Tul. e Tachigali Aubl.), seguida por Cassieae (Apuleia Mart., Chamaecrista Moench e Senna Mill.), Detarieae (Copaifera L. e Hymenaea L.) e Cercideae (Bauhinia L.). O gênero mais representativo foi Senna (4 spp.), enquanto os demais foram representados por uma espécie cada. Apresentam-se chave para identificação, descrições e ilustrações, além de comentários sobre a distribuição geográfica dos táxons encontrados.
Highlights
This work presents the floristic survey of woody Caesalpinioideae taxa in the “Cerrado” and Semideciduous Forest vegetation, at the Estação Ambiental de Volta Grande
Leguminosae é considerada uma das famílias de maior riqueza florística do bioma, reunindo 25% dos táxons, com representantes herbáceos e lenhosos, juntamente com Asteraceae (16%), Orchidaceae (14%)
Na Estação Ambiental de Volta Grande (EAVG), a maioria dos táxons (57%) se mostrou restrita às áreas de Cerrado sensu stricto, 29% deles foram coletados tanto em formações de Cerrado quanto de Floresta Semidecidual e 14% ocorreram apenas nas áreas de floresta
Summary
O Cerrado cobre aproximadamente 2.000.000 km, que abrangem mais de 20o de latitude (COUTINHO, 2002), figurando entre os ecossistemas mais diversos e ameaçados do planeta (MYERS et al, 2000). Leguminosae é considerada uma das famílias de maior riqueza florística do bioma, reunindo 25% dos táxons, com representantes herbáceos e lenhosos, juntamente com Asteraceae (16%), Orchidaceae (14%). Estudos específicos sobre Leguminosae em Minas Gerais estão restritos principalmente a áreas de Mata Atlântica (MENDONÇA FILHO, 1996; BORTOLUZZI et al, 2004; LIMA et al, 2007; RODRIGUES e GARCIA, 2007) e dos campos rupestres (QUEIROZ, 2004; DUTRA et al, 2008; FILARDI et al, 2007a). Devido à importância da família para o Cerrado, este trabalho teve como objetivo estudar os representantes lenhosos da subfamília Caesalpinioideae na EAVG, a única área de compensação ambiental da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) implantada em conjunto com o complexo industrial de produção de energia. Fazem parte do trabalho uma chave analítica para a identificação dos táxons, descrições, ilustrações e citações de nomes populares, além de comentários sobre distribuição geográfica e preferência por hábitat na EAVG
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