Abstract

Trata-se aqui de abordar, entre imigrantes cabo-verdianos da região da Grande Lisboa, Portugal, alguns dos recursos estéticos e identitários empregados como parte da estratégia de adaptação ao novo contexto. O conceito de manifestações expressivas, manifestações estéticas que possuem algum caráter identitário, serve de suporte para a construção e análise do objeto empírico, associado aos pressupostos de que tradições são inventadas (Hobsbawn), comunidades são imaginadas (Anderson) e que manifestações estéticas só fazem sentido no quadro social do qual emergem (Duvignaud). Os dados analisados foram coletados entre imigrantes cabo-verdianos ou seus descendentes residentes no bairro Alto da Cova da Moura, a partir de uma abordagem qualitativa e sem pretensão de exaustão. A pesquisa conclui que os imigrantes cabo-verdianos observados, ao reinventarem suas tradições, criam manifestações expressivas originais e encontram, no mundo do espetáculo, um espaço com algum nível de democracia em que os estereótipos de ordem étnica são, de certo modo, sublimados.

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