Abstract

A Síndrome de Burnout (SB) é caracterizada por estresse e exaustão relacionados ao trabalho, e afeta profissionais de diferentes áreas. O objetivo nesse estudo foi avaliar a prevalência da SB em professores de uma faculdade de Odontologia brasileira, e investigar se existem fatores sociodemográficos associados a essa condição. Quarenta e oito de um total de 72 professores de Odontologia (66,7%) participaram do estudo. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico adaptado a partir do Inventário Burnout de Copenhagen (CBI), que analisa essa condição em quatro dimensões: burnout pessoal (PB), burnout relacionado ao trabalho (WRB), burnout relacionado aos colegas de trabalho (CWPRB) e burnout relacionado aos pacientes (PRB). Análises descritivas, testes t-student e ANOVA foram realizados. Entre os participantes, 60,4% eram graduados em Odontologia há mais de 15 anos, e 64,6% trabalhavam como professores na clínica. As maiores pontuações médias corresponderam às dimensões WRB (2,51) e PB (2,43), enquanto as menores foram relacionadas ao CWPRB (1,96) e ao PRB (1,81). Os escores não foram relacionados ao gênero, tempo de graduação ou anos de experiência no ensino. A maioria dos entrevistados classificou as condições de trabalho como "regular" (43,7%) e "ruim" (29,2%), com diferenças significantes em relação à variável materiais e equipamentos. Em conclusão, alguns professores mostraram sinais da SB, principalmente nas dimensões PB e WRB. Estudos similares devem ser realizados em diferentes cursos de Odontologia para investigar a presença da síndrome e prevenir seu desenvolvimento ou progressão.

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