Abstract

A negação se manifesta nas línguas de duas maneiras: (i) como construção morfológica ou negação sintética e (ii) como construção sintática ou negação analítica. Tipologicamente, uma língua usa diversas estratégias para derivar uma oração negativa, tais como: (i) a ocorrência de verbos negativos; (ii) o uso de partículas negativas; (iii) o emprego de afixos; (iv) e a ocorrência de morfemas negativos com propriedades nominais. Neste artigo, apresenta-se uma breve análise das maneiras de se expressar negação na língua Mehinaku, uma língua da família Arawák. Além da negação padrão, inclui-se a descrição da construção proibitiva, da negação existencial e do uso do prefixo ‘privativo’ {ma-}, um sufixo derivacional, reflexo da proto-forma *ma-, e o ‘atributivo’ {ka-}. A análise se baseia em dados primários coletados em trabalhos de campo junto aos falantes da língua Mehinaku, das aldeias Utawana e Kaupüna, no Território Indígena do Xingu, Mato Grosso.

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