Abstract

Resumo: Este artigo tem como objetivo construir, teórica e conceitualmente, uma interpretação sociológica do setor sucroenergético brasileiro, valorizando os elementos políticos e sociais na qualidade de variáveis explicativas das dinâmicas dos mercados. Parte-se da contestação da racionalidade instrumental presente nas análises neoclássicas para propor uma abordagem do setor como um campo social, trazendo as contribuições da Nova Sociologia Econômica a partir de uma abordagem político-cultural. De acordo com uma análise sistemática do conjunto fundamental de instituições, formais e informais, que organizam e estabilizam as relações sociais e econômicas do setor, identificamos que o campo sucroenergético brasileiro se constitui atualmente em torno de grandes grupos empresariais ligados aos circuitos financeiros internacionais. Esses circuitos determinam sua dinâmica em estreita relação com os campos estatais, tradicionalmente acionados para formalizar e fiscalizar as regras do mercado em questão, conferindo assim a estabilidade e previsibilidade necessária à ação econômica dos atores sociais.

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