Abstract

As experiências de modernização da agricultura no Brasil têm servido como suporte para o governo moçambicano propor mudanças substanciais no seu modelo agrícola e na estrutura de seu espaço agrário. Do mesmo modo que ocorreu no Brasil, Moçambique se torna um território disputado para servir à expansão da fronteira agrícola mundial. No caso específico de Moçambique, o discurso de eliminar a fome, dinamizar a economia, aumentar o PIB – Produto Interno Bruto, são corolários da empreitada geopolítica de grandes corporações internacionais dos EUA – Estados Unidos da América, Japão, China e Brasil para os fins modernizantes. Os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores e estudantes brasileiros e moçambicanos, face a essa condição, estão sendo edificadas com base nas seguintes interrogações: por que o processo de criação de melhores condições de vida necessita de métodos violentos que corrói o regime coletiva de propriedade da terra? Até que ponto a “intenção modernizante” pode ser assumida e justificada como verdadeira? Trabalhos de campos, levantamento de fontes, organização de oficinas em Machambas moçambicanas, organização de simpósios no Brasil e Moçambique alimentam as pesquisas e conduzem às reflexões da relação entre geopolítica e modernização da agricultura em Moçambique.

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