Abstract

A apropriação e aproximação das formulações de Ernst Bloch, Antonio Gramsci e Paulo Freire constituem parte importante das reflexões que compartilhamos em nosso coletivo de trabalho, que tem como tema de estudo organização e práxis libertadora. Neste artigo fazemos uma apresentação de nossas leituras situadas destes autores, seguida de um exercício de aproximação entre suas formulações. A realidade como processo histórico e a libertação do ser humano das condições de opressão (materiais e intelectuais) estão presentes nas obras dos três autores. Para Freire a libertação do oprimido é também a libertação do opressor; para Gramsci os subalternos devem tornar-se hegemônicos pela concepção de uma nova direção intelectual e moral que seja comprometida com o mais alto valor do ser humano: a própria existência; para Bloch a libertação é imanente à existência humana. Por conseguinte, a libertação também é concebida pelos três autores como um processo, da mesma forma que a hegemonia, que nunca é total, fixa ou definitiva, ou a realidade que está sendo o tempo todo. Bloch, Gramsci e Freire autorizam posições que vinculam a crítica ao sistema com a utopia presente e concreta, em nossa aprendizagem na interação com os movimentos e lutadores sociais.

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