Abstract

Psychotria L. (Rubiaceae) é o gênero com mais espécies heterostílicas dentre as Angiospermas. O objetivo deste trabalho é descrever a biologia floral, fenologia, o sistema reprodutivo e os polinizadores de Psychotria poeppigiana Müll. Arg. As inflorescências são capitadas terminais, com brácteas vermelhas e flores amarelas apresentando dois morfos distintos: brevistiladas e longistiladas, caracterizadas por flores hermafroditas com diferentes comprimentos de estiletes e posicionamento oposto das anteras (hercogamia recíproca). Encontrou-se diferenças no tamanho das anteras, dos grãos de pólen e da superfície estigmática entre os morfotipos. Polinizações controladas mostraram que os morfotipos apresentam auto-incompatibilidade e intramorfo-incompatibilidade ao nível do estigma e do estilete. Os visitantes são pequenas vespas, abelhas, borboletas e beija-flores, que visitam as flores com maior freqüência no início da manhã. De acordo com a freqüência e eficiência no comportamento de transportar os grãos de pólen entre os morfos florais, o principal polinizador foi o beija-flor Thalurania furcata. O néctar é produzido em pequena quantidade (máximo de 8µl) e durante a abertura das flores, que ocorre entre 5 e 7h. A espécie forma agrupamentos devido à existência de reprodução vegetativa.

Highlights

  • The objective of this study is to describe floral biology, phenology, reproductive system, and pollinators of Psychotria poeppigiana Müll

  • Reproductive biology of Palicourea fendleri and P. petiolaris (Rubiaceae) heterostylous shrubs of a tropical cloud forest in Venezuela

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Summary

Material e métodos

O estudo foi realizado em um fragmento (7,78ha) de mata de galeria da Fazenda Marileuza, Uberlândia, Minas Gerais, (18o52’S; 48o14’W). Para a determinação do diâmetro e da quantidade de grãos de pólen, foram coletados dez botões em pré-antese de cada morfo, de 20 indivíduos diferentes. O horário de abertura e a longevidade da flor foram definidos após a marcação de 15 botões de cada morfo em pré-antese, em 30 indivíduos e com observações que se iniciaram a partir das 5h. Para a observação da receptividade estigmática foram estudadas 30 flores em pré-antese, 15 de cada morfo, onde o estigma foi acompanhado até a separação dos lobos estigmáticos, que indica o início da receptividade; o fim da receptividade foi detectado com água oxigenada 3% (Kearns & Inouye 1993). A concentração média em equivalentes de sacarose desse néctar foi medida em 30 flores de cada morfo, com o auxílio de refratômetro manual (Atto, WYT32ATC) (Kearns & Inouye 1993).

Frutificação e Dispersão
Longistilada x
Brevistilas Longistilas
Referências bibliográficas
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