Abstract

O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia de Anastrepha fraterculus em frutos de mirtilo (Vaccinium ashei), amoreira‑preta (Rubus spp.), araçazeiro (Psidium cattleyanum) e pitangueira (Eugenia uniflora). O experimento foi realizado em laboratório, em condições controladas de temperatura (25±2ºC), umidade relativa (70±10%) e fotófase (12 horas), para determinação dos parâmetros biológicos do inseto nos estágios de desenvolvimento imaturos e adultos. Anastrepha fraterculus completa o ciclo biológico em todos hospedeiros estudados, embora os frutos nativos (pitanga e araçá) ofereçam melhores condições para seu desenvolvimento. Os parâmetros biológicos determinados para as fases imaturas foram semelhantes nos quatro hospedeiros. Insetos criados em pitanga e araçá apresentam, na fase adulta, maior período de oviposição, fecundidade e longevidade de fêmeas, em comparação aos criados em mirtilo e amora‑preta. O ritmo diário de oviposição é mais prolongado e uniforme nos insetos criados em araçá e pitanga, o que mostra que A. fraterculus está mais bem adaptada a estas frutas, nativas da região Sul.

Highlights

  • O cultivo de pequenas frutas, como a amoreira‐preta (Rubus spp.) e o mirtilo (Vaccinium ashei), e de fruteiras nativas, como o araçazeiro (Psidium cattleyanum) e a pitangueira (Eugenia uniflora), é recente no Brasil, e pouco se sabe a respeito dos seus sistemas de produção

  • The objective of this work was to describe the biology of Anastrepha fraterculus in blueberry

  • Anastrepha fraterculus finishes its biological cycle in all studied hosts

Read more

Summary

Material e Métodos

Em pomares localizados na Embrapa Clima Temperado, foram ensacados 500 frutos de mirtilo, amoreira‐preta, araçazeiro‐amarelo e pitangueira, quatro semanas após a floração, para protegê‐los do ataque de A. fraterculus. Foram ofertados 100 frutos de cada hospedeiro (tratamento), em uma gaiola de madeira (50,0x50,0x40,0 cm), para 100 fêmeas de A. fraterculus com 15 dias de idade (quando a fêmea coloca o maior número de ovos), por um período de 24 horas. Para a fertilidade e peso de pupas, os dados foram submetidos à análise de variância, pelo procedimento GLM do SAS Institute, e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. As médias foram comparadas pelo teste de comparação de proporções, a 5% de probabilidade, e protegidas pelo teste qui‐quadrado, a 5% de probabilidade, que foi realizado levando-se em consideração o número total de fêmeas e da população inteira (machos + fêmeas). Os dados referentes às variáveis, número de pupas e fecundidade foram submetidos à análise de modelos lineares generalizados, por meio do procedimento Genmod do SAS, e as médias de mínimos quadrados foram comparadas pelo teste de qui‐quadrado, a 5% de probabilidade

Resultados e Discussão
Comparação de proporções
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call