Abstract

A bioatividade de ácidos húmicos (AH) isolados de lodo da estação de tratamento de esgoto (AHL) e de vermicomposto (AHV) foi avaliada pela ação dessas substâncias sobre o transporte de prótons através da membrana plasmática de células de raízes de café e milho e sua relação com o desenvolvimento dessas espécies. Houve estímulo da área superficial radicular em ambas as espécies cultivadas com ambos AH, mostrando uma concentração ótima em torno de 40 mg L-1. Nessa condição, os tratamentos com AHL e AHV estimularam a H+-ATPase de membrana plasmática em plântulas de café e milho. Os AHL foram mais efetivos na promoção desses efeitos do que os AHV. A modificação do perfil cromatográfico dos AH em solução antes e após o cultivo das plântulas revelou que a interação planta-AH promoveu uma redistribuição das massas moleculares dessas substâncias, sugerindo uma dinâmica de mobilização de subunidades funcionais dos AH por exsudatos das raízes. A análise estrutural dos AH detectou a presença de grupamentos de auxina. A análise comparativa da ação desses dois AH sobre as espécies representantes de plantas monocotiledôneas (milho) e dicotiledôneas (café) apontam para a ativação da H+-ATPase de plasmalema como possível marcador metabólico de bioatividade dos ácidos húmicos.

Highlights

  • The bioactivity of humic acids (HA) isolated from sludge of the station of sewer treatment (HAL) and from vermicompost (HAV) was evaluated through the action of those substances on primary transport of protons of the plasma membrane of coffee and corn root cells and its relationship with the development of those species

  • Em ensaios in vitro foi observada a estimulação da H+-ATPase de membrana plasmática (MP) em raízes de aveia, por substâncias húmicas (SH) de baixo peso molecular, extraídas de solo (Varanini et al, 1993)

  • O objetivo deste trabalho foi avaliar a bioatividade de ácidos húmicos isolados de lodo de uma estação de tratamento de esgoto (AHL) e a bioatividade de um vermicomposto (AHV) sobre o transporte primário de prótons da membrana plasmática e sua relação com o desenvolvimento de raízes de plântulas de café e de milho

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Summary

Material e Métodos

Os ácidos húmicos (AH) foram obtidos de lodo da estação de tratamento de Jacarepaguá (AHL), Rio de Janeiro e de vermicomposto (AHV) produzido com esterco bovino pela ação de minhocas californianas vermelhas (Eisenia foetida). A solução de 40 mg L-1 de AH, após padronização do teor de carbono (10 mg L-1), foi analisada antes e depois do crescimento das plântulas de milho, por cromatografia de exclusão em gel em coluna de 200 x 15 mm preenchida com Sephadex G-200, coletor automático, eluída com solução de NaCl 0,01 mol L-1, fluxo de 0,75 mL min-1 e detecção por UV em l = 250 nm. Quatro e 30 dias após a germinação das sementes de milho e café, respectivamente, as plântulas foram transferidas para um meio de cultura mínimo contendo somente CaCl2 2 mmol L-1. O pH da solução foi ajustado para 5,5 com solução diluída de NaOH ou HCl. Após sete dias de crescimento nestas soluções, as plântulas foram coletadas, as raízes, digitalizadas, e avaliados os parâmetros comprimento e área superficial por meio do software SIACS (Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária), de acordo com Cruvinel et al (1996). Distribuição da intensidade de C nas diferentes regiões (ppm) do espectro de ressonância magnética nuclear 13C, composição elementar e acidez funcional de ácidos húmicos extraídos de lodo da estação de tratamento de esgotos (AHL)(1) e de vermicomposto (AHV)(2)

Composição elementar
Resultados e Discussão
Plântulas de milho
Controle AHL AHV
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