Abstract

INTRODUÇÃO: A Paralisia Facial Periférica (PFP) é resultante da disfunção do nervo facial. A incapacidade de mover o rosto tem consequências sociais e funcionais para o paciente. OBJETIVO: Analisar a relação entre comprometimento motor facial e bem estar em pacientes com PFP. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, observacional, do tipo transversal. Os critérios de elegibilidade consistiam em ter diagnóstico de paralisia facial e estar sendo atendido na clínica escola de Fisioterapia da FACISA. A amostra foi constituída por 20 pessoas com PFP. Os pacientes foram avaliados por uma ficha de avaliação sociodemográfica e pelos instrumentos: Escala de House-Brackmann (HB) e o Índice de Incapacidade Facial (IIF).Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para analisar o grau de correlação entre HB, IF e o tempo de lesão. RESULTADOS: Os participantes foram 65% do sexo feminino, a mediana da idade foi de 50,5 anos, o tempo de lesão foi de 3 a 331 dias (mediana 17,5 dias), a etiologia predominante foi idiopática 65%, e ambas hemifaces foram acometidas em igual proporção (50%). Quanto as características clínicas da PFP, o nível de comprometimento motor facial graduado pela escala de HB obteve mediana 4, o IFF-física obteve mediana 60. IFF-função social obteve mediana 38. Nas correlações entre HB, tempo de lesão e IFF, foi observado que os valores obtidos indicaram que não houve correlações estatisticamente significantes. CONCLUSÃO: Mesmo que o nível de comprometimento motor facial esteja acentuado, não houve correlação com o bem-estar dos participantes.

Highlights

  • Como citar este artigo: Medeiros SFD, Silva RCS, Cirne GNM, Carvalho ABC, Lima NMFV, Cacho EWA et al Bem-estar e comprometimento motor facial em pacientes com paralisia facial periférica: um estudo transversal

  • Os indivíduos acometidos pela Peripheral Facial Paralysis (PFP) relatam queixas relacionadas à aparência física, o que os limitam de praticar atividades de vida diária simples, devido ao prejuízo quanto aos aspectos funcionais e a grande influência na autoestima e nas questões emocionais, o que resulta no isolamento social[7,8]

  • Mesmo que o nível de comprometimento motor facial esteja acentuado, não houve correlação com a qualidade de vida dos participantes

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Artigo Original

Bem-estar e comprometimento motor facial em pacientes com paralisia facial periférica: um estudo transversal. Os pacientes foram avaliados por uma ficha de avaliação sociodemográfica e pelos instrumentos: Escala de HouseBrackmann (HB) e o Índice de Incapacidade Facial (IIF).Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para analisar o grau de correlação entre HB, IF e o tempo de lesão. Devido escassez de estudos que relacione à PFP com as repercussões na qualidade de vida, principalmente na área da Fisioterapia, o nosso objetivo principal é analisar a relação entre comprometimento motor facial e o bem estar em pacientes com paralisia facial periférica. O objetivo do estudo foi verificar a relação entre comprometimento motor facial e bem-estar em pacientes com paralisia facial periférica. Nossos resultados demonstram não haver correlação entre o grau de comprometimento motor facial, mensurado pela HB e o bem-estar, mensurado pelo IFF, em pacientes com PFP. Mesmo que o nível de comprometimento motor facial esteja acentuado, não houve correlação com a qualidade de vida dos participantes

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