Abstract

Este estudo demonstra os efeitos fisiológicos e comportamentais dos cães que atuam como coterapeutas em Intervenções Assistidas por Animais (IAAs). A maioria das pesquisas se concentra nos assistidos durante as IAAs, não levando em conta os coterapeutas. Assim, buscou-se avaliar os efeitos das IAAs sobre os parâmetros fisiológicos e comportamentais dos cães coterapeutas. Foram realizadas avaliações de pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e comportamento de cinco cães coterapeutas do projeto Pet Terapia da Universidade Federal de Pelotas em três locais diferentes. As avaliações comportamentais foram registradas por meio de filmagens durante visitas às instituições e posteriormente registradas em etograma. Os resultados obtidos durante a avaliação dos sinais vitais mostraram que não houve alterações ou quando houve relação com a redução da pressão arterial dos cães, os cães não apresentaram comportamentos relacionados ao estresse, tais como: vocalização, comportamento passivo, ativo/repetitivo. Conclui-se que intervenções assistidas em animais, desenvolvidas com cães treinados e adaptados aos moradores e ao público assistido durante o período de 40 a 60 min, com equipe treinada não causam alterações nos sinais vitais e no comportamento dos cães coterapeutas, indicando estresse, garantindo assim saúde e bem-estar animal.

Highlights

  • Em relação aos locais onde ocorriam as atividades dentro das instituições, no HO1 as visitas ocorreram na sala de espera disponibilizada pela instituição

  • As quais permaneciam sentadas nas cadeiras durante as Intervenções Assistidas por Animais (IAAs), e na grande maioria tinham acesso venoso com cateter, outras com talas em algum membro e também crianças com cadeiras de rodas

  • Para verificar o bem-estar dos cães coterapeutas durante as intervenções, foram realizadas avaliações de sinais vitais paramétricos, com dez visitas nas instituições mencionadas acima

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Summary

Introdução

As primeiras ideias do uso de animais para fins terapêuticos começaram a surgir na Europa, com filantropo William Tuke, que começou a usar animais domésticos para auxiliar seus pacientes psiquiátricos em suas tarefas diárias (Dotti, 2014). Essa prática é conhecida como atividade assistida por animais, o qual refere-se a qualquer uso de animais treinados para o benefício terapêutico, motivacional ou educacional dos pacientes (Kruger, et al, 2010). E quando analisamos especificamente o Brasil, são poucos relatos sobre a saúde e o bem-estar dos animais envolvidos, uma vez que o estresse pode ser gerado durante a interação entre o público-alvo e os cães participantes (Vasconselos, et al, 2016; Yamamoto, et al, 2012). Mais ainda quando esses cães realizam o trabalho de pet terapia em ambientes complexos, como um ambiente hospitalar, ambiente escolar e associado a isso estão os diferentes públicos, por essas questões devemos compreender o bem-estar de cães de terapia (Clarck, et al, 2019). O presente estudo tem como objetivo avaliar o bem-estar animal dos cães coterapeutas do Projeto de Terapia da Universidade Federal de Pelotas-RS durante as Intervenções Assistidas por Animais (IAAs)

Metodologia
Resultados e Discussão
Conclusão
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