Abstract

A partir de comentários de leitores sobre narrativas jornalísticas acerca de acontecimentos envolvendo crimes de proximidade contra mulheres em relações de gênero o artigo, de natureza ensaística, busca no conceito de banalidade do mal compreender dinâmicas de intolerância. Ao mesmo tempo que assumimos clara militância contra as formas de preconceito, ódio e demais modalidades de depreciação humana, alertamos para a necessidade de pensar os próprios pressupostos teóricos que podem conduzir pesquisas na área da Comunicação a não prestarem atenção às contradições sociais, aos jogos de poder e à recusa à aceitação da diferença como princípio constitutivo da riqueza humanossocial.

Highlights

  • Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação

  • De imediato, a natureza ensaística deste escrito, a partir de uma base empírica constituída por comentários de leitores na internet sobre narrativas jornalísticas que tratam de violências de gênero contra mulheres em crimes de proximidade, queremos esclarecer ainda que nos anima o espírito de militância contra o mal e a intolerância que se espraiam pela rede, mas não somente nela

  • A complexidade filosófica das relações entre ética e política, nos termos da oposição indicada por António Marques, foge às nossas competências e objetivos, mas é importante assinalar que é a necessidade de colocar em cena a política, o que leva Arendt a situar o agir ético nessa esfera como essencial para o entendimento de como pessoas comuns, sem as características dos monstros arquetípicos, são capazes de praticar o mal sem sobre ele refletir

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Summary

Carlos Alberto Carvalho

Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.19, n.2, maio/ago. 2016. De imediato, a natureza ensaística deste escrito, a partir de uma base empírica constituída por comentários de leitores na internet sobre narrativas jornalísticas que tratam de violências de gênero contra mulheres em crimes de proximidade, queremos esclarecer ainda que nos anima o espírito de militância contra o mal e a intolerância que se espraiam pela rede, mas não somente nela. O comportamento dos leitores portugueses no mesmo corpus é bastante distinto, ainda que com algum traço da banalidade do mal, segundo as premissas que adiante discutiremos sobre este conceito e suas potencialidades para esclarecimento das reflexões aqui desenvolvidas. Sobre a banalidade do mal e a intolerância no que Paul Ricoeur denomina de “síntese do heterogêneo” ou “discordância concordante”

Se a publicação das reportagens originalmente
Crimes contra mulheres e comentários intoleráveis
CONSELHO EDITORIAL
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