Abstract
O propósito deste estudo é avaliar a viabilidade econômico-financeira dos sistemas de manejo de águas residuárias de origem doméstica em empreendimentos habitacionais de interesse social. Trata-se de dois sistemas compartimentados anaeróbio/aeróbio/anóxica vertical para remoção de carbono e nitrogênio. A análise econômico-financeira do projeto piloto dos sistemas compartimentados foi composta pelo Valor Presente de Custo, Custo Anual Uniforme Equivalente, Entradas de caixa de Breakeven, Análise de sensibilidade e Simulação de Monte Carlo. O resultado da análise tradicional considerou o melhor resultado as premissas “Com Reuso e Sem Investimento Inicial”. De acordo com as entradas de caixa de Breakeven, quanto maior for o custo de capital, maior a entrada de caixa requerida para que o projeto seja viável. Para a análise de sensibilidade, o custo do projeto a valor presente diminui à medida que o custo do capital aumenta, reduzindo, assim, a inviabilidade. No Custo Anual Uniforme Equivalente, nas premissas “sem investimento inicial” e “com investimento inicial” quanto maior o custo de capital, menor e maior o CAUE, respectivamente. Nas simulações de Monte Carlo realizadas, as análises baseadas na interpretação de indicadores tradicionais foram extremamente otimistas, contudo pouco representam a realidade, tanto que a probabilidade de ocorrência é menor que 1%.
Highlights
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) elaborado de acordo com a Lei 11.445/07 do Governo Federal, sob a coordenação do Ministério das Cidades, visa viabilizar os investimentos no âmbito governamental, estabelecer diretrizes nacionais e políticas federais para o saneamento básico, a fim de minimizar o déficit de investimento e universalizar o serviço de saneamento, que são de fundamental importância para a saúde pública e para o meio ambiente
Com a finalidade de reduzir as perdas humanas e ambientais, o PLANSAB visa ampliar em 93% a cobertura do saneamento básico das áreas urbanas no período de 20 anos, além de extinguir os esgotos sem tratamento através da implementação de sistemas centralizados e descentralizados de tratamento de efluentes
Entretanto, apesar dos benefícios para a saúde e para o meio ambiente que podem ser alcançados em virtude da implantação do saneamento básico, o modelo de sistemas de esgotamento sanitário centralizado em vigor causa impactos ambientais negativos, decorrentes da supressão de cobertura vegetal e das obras como poeira, ruídos, riscos de acidentes, ocorrência de odores fétidos em estações de tratamento de esgotos (ETE's), além dos impactos potenciais relativos à disposição do lodo, que pode contaminar o solo, as águas superficiais e subterrâneas (DELTA SANEAMENTO, 2015)
Summary
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) elaborado de acordo com a Lei 11.445/07 do Governo Federal, sob a coordenação do Ministério das Cidades (art. 52), visa viabilizar os investimentos no âmbito governamental, estabelecer diretrizes nacionais e políticas federais para o saneamento básico, a fim de minimizar o déficit de investimento e universalizar o serviço de saneamento, que são de fundamental importância para a saúde pública e para o meio ambiente. Com a finalidade de reduzir as perdas humanas e ambientais, o PLANSAB visa ampliar em 93% a cobertura do saneamento básico das áreas urbanas no período de 20 anos, além de extinguir os esgotos sem tratamento através da implementação de sistemas centralizados e descentralizados de tratamento de efluentes. O propósito deste estudo será avaliar a viabilidade econômicofinanceira dos sistemas de manejo de águas residuárias de origem doméstica em empreendimentos habitacionais de interesse social, como o programa “Minha Casa Minha Vida”, através de métodos tradicionais de avaliação de investimentos e da simulação de Monte Carlo. Esta pesquisa visa a responder a seguinte pergunta: Qual é o impacto financeiro para implementar um sistema compartimentado anaeróbio/aeróbio/ anóxica vertical de manejo de águas residuárias de origem doméstica em empreendimentos habitacionais de interesse social?
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