Abstract

A mensuração dos marcadores bioquímicos de necrose miocárdica é essencial para diagnosticar precocemente o Infarto Agudo do Miocárdio e garantir um melhor prognóstico ao paciente. No entanto, cada marcador possui um perfil, que deve se adequar às características do quadro clínico que está sendo avaliado. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o perfil de solicitações de marcadores cardíacos séricos junto ao laboratório clínico do Hospital Heliópolis, e discutir as implicações de tais escolhas. Por meio da verificação dos mapas de resultados do laboratório, foi feito um levantamento dos marcadores bioquímicos de lesão miocárdica solicitados, em um período de três meses, de pacientes admitidos no pronto socorro com sintomas sugestivos de um evento cardíaco isquêmico. Do total de 2242 exames provenientes de 1084 pacientes, 47% eram para CK total, 43% para CK-MB e 10% para troponinas, não havendo solicitações de dosagem de mioglobina durante o período estudado. Do total de exames solicitados e alterados, a maioria referiu-se a pacientes do gênero masculino. O presente artigo sugere que no momento da admissão do paciente no serviço de emergência, haja a solicitação combinada da mioglobina e um marcador mais específico de necrose miocárdica (CK-MB) para a exclusão precoce de um infarto do miocárdio. Isto seria, além de eficaz para o diagnóstico, uma maneira mais viável financeiramente. Neste contexto, uma atenção especial deveria ser dada às mulheres atendidas com sintomas isquêmicos, tendo em vista a alta taxa de mortalidade a elas associada.

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