Abstract

Esta pesquisa objetivou avaliar a eficiência do método pedológico (aplicado em sistemas fluviais) por Perez Filho et al. (1980), em sistemas deposicionais marinhos. Portanto, objetivou averiguar se os valores das variáveis obtidas (CTC, V%, relação silte/argila e areia fina/areia grossa) são condizentes com o grau de intemperização dos materiais superficiais e provável tempo das superfícies geomorfológicas, a partir de correlações baseadas na posição altimétrica das formas elaboradas em sistemas costeiros. Verificou-se que a metodologia adotada por Perez Filho et al. (1980) em terraços fluviais mostrou-se coerente, entretanto, tornou-se ineficiente para a análise de níveis geomorfológicos elaborados em sistemas marinhos. Notou-se que o único nível que apresentou processos pedogenéticos de maturidade pedológica e avançado intemperismo químico dos minerais primários corresponde à superfície geomorfológica I. Nos níveis II e III não se verificou a atuação dos fatores de formação do solo, observaram-se deposições sedimentares recentes, constantemente retrabalhadas pela dinâmica erosiva/deposicional costeira, fato que impossibilitou o desenvolvimento de um perfil pedogenético segundo o conceito de solos utilizado pela literatura pedológica. Diferentemente do método aplicado por Perez Filho et al. (1980), em superfícies elaboradas em sistemas fluviais, onde a única variável que não apresentou correlação com o tempo das superfícies geomorfológicas e grau de intemperismo dos materiais se referiu a relação areia fina/areia grossa, a aplicação em ambientes deposicionais marinhos evidenciou situação inversa.

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