Abstract

Para estimar o nível de serviço em rodovias de pista simples, o Highway Capacity Manual 2010 (HCM2010) adota como medidas de desempenho a porcentagem de tempo viajando em pelotões (PTSF) e a velocidade média de percurso (ATS). A PTSF, no entanto, é praticamente impossível de ser observada em campo. Na literatura, algumas pesquisas propõem medidas de desempenho alternativas à PTSF que podem ser coletadas diretamente da observação do tráfego. Além disso, as relações fluxo-velocidade têm um papel fundamental na determinação do nível de serviço no HCM2010 e no HBS2001. A meta deste trabalho foi avaliar medidas de desempenho provenientes de relações fluxo-velocidade que pudessem ser adequa-das para descrever a qualidade de serviço em rodovias de pista simples no Brasil. Usando dados de tráfego sintéticos produ-zidos com uma versão do CORSIM calibrada para rodovias no Brasil, foram obtidas relações fluxo-velocidade para diferentes condições (geometria, porcentagens de veículos pesados e velocidades de fluxo livre). Comparações dos valores provenientes desses modelos com dados de campo indicaram que a velocidade média de percurso dos automóveis e a densidade para automóveis poderiam substituir os critérios atuais do HCM para estimar o nível de serviço em rodovias de pista simples no Brasil.

Highlights

  • The Highway Capacity Manual 2010 uses Percent-Time-Spent Following (PTSF) and Average Travel Speed to estimate level of service on two-lane rural highways

  • Por meio da variável “Classe da Rodovia”, que é conceitualmente difícil de ser aplicada e dá resultados inconsistentes para caminhões com desempenho ruim, como os brasileiros; (ii) foi usado um valor médio de 85 km/h para as rodovias de pista simples, o que pode dificultar a aplicação dos modelos em rodovias com diferentes velocidades de fluxo de livre; e (iii) os cenários estudados limitam-se a porcentagens de veículos pesados inferiores a 25%, o que também pode reduzir a utilidade das curvas obtidas

  • O conjunto de dados de tráfego coletados com filmagem foi obtido em 15 trechos de rodovias de pista simples paulistas em pesquisas anteriores (Egami, 2006, MonMa, 2008, Bessa Jr. e Setti, 2011; Bessa Jr. e Setti, 2013), principalmente para calibrar e validar simuladores de tráfego

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Summary

INTRODUÇÃO

O Highway Capacity Manual 2010, ou HCM2010 (TRB, 2010), considera que medidas de desempenho usadas para definirem níveis de serviço em vias devem: (i) refletir a percepção dos usuários ao longo de uma viagem; (ii) ser úteis para os órgãos operacionais; (iii) serem obtidas diretamente da observação em campo; e (iv) ser possíveis de estimá-las baseadas em um modelo para condições específicas do campo. No tocante às rodovias de pista simples, o HCM2010 usa duas medidas de desempenho para determinar o nível de serviço: a velocidade média de percurso (ATS) e a porcentagem de tempo viajando em pelotões (PTSF), sendo essa última praticamente impossível de ser obtida diretamente em campo. (a) Correntes de tráfego bidirecionais coletadas nas 140 horas de observação; e (b) amostra com 220 observações selecionadas para calibrar e validar o CORSIM por meio da variável “Classe da Rodovia”, que é conceitualmente difícil de ser aplicada e dá resultados inconsistentes para caminhões com desempenho ruim, como os brasileiros; (ii) foi usado um valor médio de 85 km/h para as rodovias de pista simples, o que pode dificultar a aplicação dos modelos em rodovias com diferentes velocidades de fluxo de livre; e (iii) os cenários estudados limitam-se a porcentagens de veículos pesados inferiores a 25%, o que também pode reduzir a utilidade das curvas obtidas. As medidas de desempenho escolhidas para isso referem-se a um sentido da corrente de tráfego e são: (i) a densidade dos automóveis na corrente de tráfego (Dd,car), que é usada no manual alemão de capacidade (FGSV, 2005); (ii) o atraso percentual dos automóveis, PDd,car (Yu e Washburn, 2009); e (iii) a velocidade média de percurso dos automóveis (ATSd,car)

COLETA DE DADOS E CALIBRAÇÃO DO CORSIM
AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE DESEMPENHO
Método usado para avaliar as medidas de desempenho
Geometria das vias
Modelos de tráfego
AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE DESEMPENHO ESCOLHIDAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS

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