Abstract

Os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) são aglomerados organizados de nuvens convectivas, que atingem com freqüência a Região Sul do Brasil e produzem uma grande variedade de desastres. Este trabalho identificou os CCMs ocorridos entre outubro e dezembro de 2003 no Rio Grande do Sul (RS) e avaliou os desastres associados aos eventos. A identificação dos CCMs foi feita através do aplicativo ForTraCC - DSA/INPE. O levantamento das ocorrências de desastres foi realizado a partir do cruzamento dos dias de eventos de CCM com as informações da Defesa Civil do RS (DCRS) e do Jornal Correio do Povo. Foram identificados 22 eventos de CCM no período, responsáveis por 42 episódios de vendaval, 21 de enxurrada, 14 de enchente, cinco de granizo associado à vendaval, três de granizo, dois de alagamento, dois de inundação e um deslizamento, totalizando 90 ocorrências. Houve registro de seis mortes no RS e cinco em Santo Tomé na Argentina, fronteira com o Estado. Mais de 16.500 pessoas foram atingidas e cerca de 60% dos municípios que comunicaram desastres à DCRS decretaram situação de emergência. Em média, a cada quatro eventos de CCM, três produziram algum tipo de desastre no RS.

Highlights

  • Os episódios de desastres associados a condições meteorológicas extremas são freqüentes no Rio Grande do Sul (RS), tanto no verão, quanto nas estações de transição

  • Apesar dos avanços na meteorologia, os Convective Complexes (CCM) são de difícil previsibilidade, já que os eventos não estão associados a nenhum tipo de sistema meteorológico, como frentes frias ou linhas de instabilidade

  • O maior número de ocorrências foi de vendavais (47%), seguidos de enxurradas (23%), enchentes (16%), granizo/vendaval (6%), granizo (3%), alagamentos (2%), inundações (2%) e deslizamento (1%)

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Summary

INTRODUÇÃO

A ocorrência de fenômenos meteorológicos severos constitui-se em motivo de preocupação para a sociedade, pois oferece alto potencial de destruição, perdas de vidas humanas e bens materiais, abalando direta ou indiretamente sua economia. Apesar dos avanços na meteorologia, os CCMs são de difícil previsibilidade, já que os eventos não estão associados a nenhum tipo de sistema meteorológico, como frentes frias ou linhas de instabilidade. Este trabalho tem como objetivos identificar tecnologia dos sensores a bordo dos satélites os CCMs que atingiram o RS entre outubro e dezembro de 2003 e avaliar os prejuízos materiais e perdas humanas ocasionados pelos eventos. O estudo visa contribuir para o entendimento dos mecanismos de formação e desenvolvimento dos CCMs, seu possível impacto na sociedade e suas implicações no planejamento territorial e na prevenção de desastres. Temas convectivos, através de imagens de satélite no canal infravermelho, Maddox (1980) introduziu um modelo conceitual para a classificação desses sistemas, baseado nas características físicas dos topos nebulosos, obtidas através de técnicas de realce. Os CCMs, para serem classificados como tal, devem satisfazer a restrição em relação à excentricidade (excluindo sistemas lineares do tipo linhas de instabilidade) e aos limiares de temperatura de topo de nuvem

Caracterização dos Complexos Convectivos de Mesoescala
Conceito de Desastres
Identificação dos Complexos Convectivos de Mesoescala
Avaliação de Desastres
Identificação dos Eventos de CCM
Desastres associados a Complexos Convectivos de Mesoescala
Outubro
Novembro
Dezembro
CONCLUSÕES
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