Abstract

O beneficiamento de toras de madeira produz uma grande quantidade de resíduos, em torno de 60%, os quais em geral são aproveitados na geração de energia com a produção de cinzas e fuligem, ou dispostos em locais inadequados, gerando um problema ambiental sério. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo principal produzir e avaliar física e mecanicamente painéis produzidos com resíduos do beneficiamento de madeira de Dipteryx odorata (Cumaru), espécie tropical cuja caracterização química e física também foi realizada. Para a produção dos painéis fez-se uso de um planejamento fatorial (2²+1) no qual foram analisadas as quantidades de resíduo e resina. Para a análise físico-mecânica, foram produzidos 24 painéis em diferentes condições de quantidade de resíduo (1000; 1300; 1500 g) e teor de resina (10; 12,5 e 15%). Os painéis foram cortados para obtenção dos corpos-de-prova para determinação de densidade, razão de compactação, inchamento e absorção (2 e 24 h); módulo de ruptura e de elasticidade em flexão estática, adesão interna e arrancamento de parafuso. Os painéis a 1500 g (10 e 15%) foram os que apresentaram os melhores resultados mecânicos, superiores ao mínimo especificado pela norma NBR 14810-3 (2006), evidenciando seu potencial na produção desses painéis.

Highlights

  • Alternativa de uso que viabilize o seu manuseio[1]

  • No Brasil, as principais espécies utilizadas na produção de painéis aglomerados e MDF são dos gêneros Pinus e Eucalipto, as quais são plantadas em grande escala nas regiões sul e sudeste do país, em que estão localizadas as indústrias moveleiras

  • As análises químicas foram realizadas em triplicata e o teor de cinzas encontrado foi de 1,72% ± 0,15 (Tabela 2)

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Summary

Materiais e Métodos

Para a produção dos painéis foram utilizados resíduos de Cumaru doados pela empresa Mil Madeiras Preciosas Ltda, localizada no município de Itacoatiara - Amazonas e a resina bicomponente à base de óleo de mamona doadas pela Empresa Plural Química Ltda, situada na cidade de São Carlos-São Paulo. Os ensaios para a determinação das propriedades dos painéis foram realizados de acordo com a norma brasileira[12], que cita especificações para painéis de alta densidade. Para a produção dos painéis optou-se por estudar as proporções de resíduo e resina através de um planejamento experimental Fatorial 22+1 (Factorial Experimental Design – FED)[13], de acordo com a Tabela 1. Para verificar a existência de diferenças significativas entre as variáveis, foram utilizados os testes teFea metodologia de superfície de resposta (curvas de nível) na análise da influência das variáveis de processo sobre a variável resposta. A pressão, temperatura e tempo de prensagem foram de 5,0 MPa, 95±5°C e 10 minutos, respectivamente, e o tempo de cura foi de 48 horas

Propriedades físicas e químicas do resíduo
Propriedades físicas dos painéis
Propriedades mecânicas dos painéis
Módulo de Ruptura
Findings
Referências Bibliográficas
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