Abstract

Objetivo: Analisar os impactos do câncer de colo de útero na sexualidade das mulheres, ressaltando a importância desta para a qualidade de vida. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e analítico, com coleta de dados de caráter transversal. Foram realizadas 80 entrevistas no ambulatório de oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe em mulheres com câncer de colo de útero em tratamento ou já tratadas, utilizando-se dois questionários. O primeiro abordou aspectos socioeconômicos e demográficos. O segundo, o Quociente Sexual versão Feminina (QS-F). Os dados foram analisados por estatística descritiva com auxílio do software Epi-Info versão 7.0. Por se tratar de pesquisa com seres humanos, o trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A média de idade foi 46,8 anos (±13,2). A escolaridade apresentou-se com prevalência de indivíduos com nível médio completo 25% (n=20). Quanto ao estado civil, nível sócio econômico e profissão, 36,3% (n=29) declararam-se casadas, 51,2% (n=41) do estrato social de classe média e 33, 8 (n=27) exerciam atividade de “do lar”. O QS-F apresentou média geral de 45,5 pontos (±23,9), variando de 10 a 84 pontos. Adotada a classificação estratificada, observou-se que boa parte das mulheres, 85% (n=68), foram classificadas como regular ou inferior. Foi evidenciado diferença estatisticamente significante entre os estratos do QS-F e o nível socioeconômico. Conclusão: O presente trabalho corrobora com a literatura utilizada em vários âmbitos, uma vez que a maioria das mulheres questionadas mostrou função sexual baixa e insatisfatória de acordo com o QS-F.

Highlights

  • As discussões sobre sexualidade sempre envolvem aspectos e valores que a tornam um campo de difícil arguição e repleto de paradigmas ideológicos e conceituais

  • As participantes do estudo foram caracterizadas por frequências para os dados categóricos e, de acordo com a normalidade das variáveis contínuas, em médias ou medianas com seus respectivos desvios padrões ou intervalos de confiança

  • OMS: 85% das mortes por câncer de colo de útero ocorrem em países de média e baixa renda

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Summary

Introdução

As discussões sobre sexualidade sempre envolvem aspectos e valores que a tornam um campo de difícil arguição e repleto de paradigmas ideológicos e conceituais. Quando há um fator agravante para esta discussão, o tema torna-se ainda mais complexo e impeditivo, como é o caso da sexualidade em pacientes com câncer do colo de útero. O câncer do colo uterino é um dos mais relevantes a nível mundial, com incidência estimada maior que meio milhão de casos novos por ano. Ainda falando sobre os fatores de risco, sabe-se que o início da vida sexual com idade inferior a 16 anos, múltiplos parceiros sexuais e história prévia de condilomas genitais são alguns deles. Sabe-se que o câncer do colo do útero, além dos estigmas do câncer, é uma doença que atinge um órgão repleto de simbolismos para a mulher, pois envolve questões inerentes à sexualidade, feminilidade e reprodução. Almeja-se, ainda, fornecer aos estudantes da área de saúde, médicos e organizações de câncer sugestões específicas sobre as necessidades de informação sexual depois do câncer e as modalidades que são preferidas, para prevenir e minorar a aflição da paciente

Metodologia
Resultados e Discussão
Conclusão
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