Abstract
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n4p9Neste trabalho é apresentada a produção polínica por antera, por flor e por espigueta das espécies Bromus catharicus (campestre) e Guadua trinii (florestal), ambas da família Poaceae, que apresentam a síndrome da polinização divergente. Com o objetivo de averiguar diferenças de produção polínica dependente do sistema de polinização, foram coletadas dez anteras de cada táxon que após maceradas foram contabilizados os grãos de pólen em câmara de Neubauer. As morfologias polínicas também foram observadas sob microscopia óptica para estabelecer relação entre produção-morfologia dos grãos de pólen. A espécie anemófila Bromus catharticus (2.556.000 grãos de pólen por espigueta) apresenta o dobro de produção polínica por antera e por espigueta em relação à espécie com assistência biótica para polinização Guadua trinii (1.716.000 grãos de pólen por espigueta). O tamanho do grão de pólen é inversamente proporcional à produção polínica. A ornamentação microequinada não esperada para espécies anemófilas foi observada nos dois táxons. Os resultados indicam que a frequência de espécies florestais de Poaceae em registros quaternários pode ser subestimada, enquanto táxons campestres de gramíneas são superestimados, interferindo na representação de suas respectivas floras no passado.
Highlights
Our results indicate that the frequency of forest Poaceae in the quaternary records may be underestimated while frequency of grassland taxa may be overestimated, leading to misrepresentation of the respective lora in this period
Também foram medidos os diâmetros das aberturas dos grãos de pólen para realizar comparação entre as duas espécies e veriicar possíveis inluências no tamanho da abertura para a eficácia da fertilização
Essa baixa produção polínica por antera em espécies anemóilas de Poaceae é compensada, muitas vezes, pelo maior número de anteras por lor e de lores por inlorescências (FAEGRI; PIJL, 1979), que resultam na grande quantidade de grãos de pólen dispersos no ambiente (FAEGRI; PIJL, 1979; PRIETO-BAENA, 2003)
Summary
Bromus catharticus (Figuras 2A e 2B) é uma das cinco espécies do gênero que ocorrem no Rio Grande do Sul, sendo três nativas e duas exóticas. Popularmente conhecida como “cevadinha” ou “aveia-louca”, essa espécie apresenta metabolismo fotossintético C3 e ciclo de vida hibernal, pertencendo à subfamília Pooideae, composta. Bromus catharticus tem três anteras por lor e 6-12 lores férteis por espigueta (CLAYTON et al, 2015). Guadua trinii (Figuras 2C e 2D) é uma das três espécies nativas do gênero que têm ocorrência no Rio Grande do Sul distribuídas em vegetação florestal (BOLDRINI; LONGHI-WAGNER, 2011; SCHMIDT; LONGHI-WAGNER, 2009). Ressalta-se a rara loração de Guadua trinii, que ocorre a cada 30 anos, constatando-se até o momento a coleta de somente sete exemplares férteis no Rio Grande do Sul (BOLDRINI, 2009; SCHMIDT; LONGHI-WAGNER, 2009). Espécimes das duas espécies foram coletados em campo, e seus testemunhos foram depositados no Herbário do Museu de Ciências Naturais da Universidade Luterana do Brasil – MCN/ HERULBRA (Tabela 1)
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