Abstract
Introdução: a gestação e o parto podem prejudicar a função dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e influenciar na função sexual após o parto Objetivo: avaliar a função sexual em primíparas pós-parto vaginal e em nuligestas. Materiais e Métodos: estudo transversal descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB (CAAE44775015.1.0000.5175) realizado com 36 mulheres, faixa etária de 18 a 35 anos, sendo primíparas pós-parto vaginal com episiotomia (n=12), sem episiotomia (n=12) e mulheres nuligestas (n=12). Foram verificadas características biológicas, sociodemográficas e avaliada a função sexual através do Female Sexual Function Index (FSFI). As primíparas responderam ao questionário três meses após o parto e o mesmo questionário foi respondido pelas nuligestas. Resultados: as mulheres com episiotomia, sem episiotomia e nuligestas apresentaram média de 21,41±4,56; 20,16±4,60 e 26,3±4,16 anos de idade, média de 14,66±2,42; 14,81±2,44 e 18,83±1,80 anos estudados, e frequência de dispareunia de 66,66% (n=8); 50%(n=6) e 0%(n=0), respectivamente. Em relação à função sexual, ao comparar os três grupos da pesquisa, foi encontrado um menor escore de desejo nas primíparas com episiotomia e o grupo sem episiotomia apresentou menos excitação, menos lubrificação, menos orgasmos e uma pior satisfação sexual, quando comparado aos outros grupos. Quanto a variável dor as primíparas com episiotomia apresentaram os piores escores. Conclusão: no grupo de primíparas com episiotomia, foi encontrada maior frequência de dispareunia, índices mais baixos de desejo e as primíparas sem episiotomia apresentaram menos excitação, menos lubrificação, menos orgasmos e uma pior satisfação sexual.
Highlights
A literatura mostra que mulheres que tiveram parto vaginal com episiotomia apresentaram no pósparto, menores níveis de libido, mais dificuldade para atingir o orgasmo, menor satisfação sexual e maior grau de dor durante a relação sexual comparando com as mulheres com períneo íntegro ou lacerações espontâneas[17]
Vale salientar que outros estudos devem ser realizados com uma amostra maior, avaliando mulheres depois da cesárea e correlacionando os achados da função sexual com as características do parto e do nascimento
Summary
As nuligestas deveriam ter 18 anos ou mais, vida sexual iniciada e ausência de gestação prévia com duração maior que três meses e foram considerados como critérios de exclusão: história prévia de cirurgia abdominal ou urogenital e presença de prolapso genital. Foi verificado que o grupo de primíparas com episiotomia tem a maior frequência de mulheres sexualmente inativas (16,6%) e essas mulheres têm maior frequência de dor sexual pós-parto (66,6%).
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