Abstract

OBJETIVO: Analisar se existe discrepância entre a forca muscular de flexao do cotovelo do membro superior (MS) operado e o nao operado nos pacientes submetidos a tenotomia artroscopica do cabo longo do biceps (TACLB) e compara-la com a de um grupo controle. METODOS: O estudo realizado foi transversal. Foi analisado um grupo de 89 pacientes submetidos a TACLB no periodo de 29 de outubro de 2002 a 14 de fevereiro de 2007. A metodologia utilizada foi a comparacao entre os lados dominante e nao dominante; para tanto, foram considerados apenas aqueles em que foi operado o lado dominante. Apos os criterios de exclusao, o n resultou em 61 pacientes. A forca de flexao do cotovelo foi medida em newtons (N) por dinamometro digital. Foram realizadas tres medidas consecutivas e considerada a media. Na eleicao do grupo controle teve-se o cuidado de buscar pessoas com idade semelhante a dos operados, sem queixas de dor e antecedente de trauma ou cirurgia em qualquer dos MS. Nao foram eleitos para avaliacao praticantes de esportes com predominância de um dos MS, condicao que poderia alterar de forma significativa a comparacao da forca muscular. As variaveis estudadas foram: sexo, idade, media de tres medidas consecutivas da forca de flexao do cotovelo no MS operado e do MS contralateral, media de tres medidas consecutivas da forca de flexao do cotovelo no MS dominante e no nao dominante do grupo controle. RESULTADOS: Foi comparada a media de tres medidas consecutivas entre o MS operado (dominante) e o nao operado (nao dominante) utilizando o teste t, identificando-se media de 19,8 ± 10N (mediana: 16,9; IIQ: 13 a 24,5) para o membro superior dominante e 22,7 ± 9,7N (mediana: 20, IIQ: 16,2 a 26) para o MS nao dominante. O teste t pareado considerou significativa a diferenca encontrada (p = 0,010). Foi comparada a media de tres medidas consecutivas entre o MS dominante e o nao dominante no grupo controle atraves do teste t e verificada media de 26,7 ± 10,7N (mediana: 24; IIQ: 19 a 32,2) para o membro superior dominante e 26,5 ± 10,3N (mediana: 24,4; IIQ: 18,8 a 32,1) para o MS nao dominante. Ao comparar a discrepância de forca muscular entre os MS dominantes dos casos e do grupo controle, foi verificada diferenca estatisticamente significativa (p = 0,006). CONCLUSAO: Os pacientes submetidos a TACLB apresentam deficit da forca de flexao do cotovelo quando comparados ao MS contralateral e a um grupo controle.

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