Abstract

A ruptura da Barragem I da Mina Córrego do Feijão ocorreu no dia 25/01/2019 e trouxe ao rio Paraopeba grande quantidade de rejeitos que alteraram significativamente a concentração de sólidos totais deste curso d`água. Imediatamente após o colapso dessa estrutura o IGAM, CPRM, COPASA e VALE iniciaram monitoramentos diários de diversos parâmetros de qualidade de água, dentre eles a concentração de sólidos totais (CST). Contudo, a bacia do rio Paraopeba, devido ao seu uso e ocupação, é uma bacia com diversas fontes de sólidos, de forma que se observa na análise dos dados significativas variações da CST entre as estações de monitoramento. Para melhor avaliação da CST analisou-se 60 km do rio Paraopeba, divididos em 6 trechos, no período entre 30/01/2019 a 31/03/2019. Para fins de interpretação da interferência da ruptura da Barragem I na CST da bacia, os dados dos pontos de monitoramento considerados neste estudo foram comparados aos dados da série histórica do primeiro trimestre dos últimos 10 anos, tanto das estações de monitoramento do IGAM ao longo do rio Paraopeba, quanto com as estações localizadas nos principais afluentes. Essa comparação demonstrou que, a 50 km da confluência, a mediana da série é similar a mediana da série histórica da estação posicionada a 1,7 km a jusante. Observou-se ainda que neste ponto os atuais valores máximos observados entre final de fevereiro e final de março de 2019 são inferiores aos valores da série histórica observados para o principal afluente do trecho, o rio Betim.

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