Abstract
Para avaliar os efeitos da competição intergenotípica em misturas de cultivares de soja - Glycine max (L.) Merrill - foi conduzido um experimento em Capão do Leão, RS, no ano agrícola de 1989/90. Os tratamentos foram os estandes puros de IAS 5, Ivorá, Bragg, BR 8 - Pelotas e Ivaí e as combinações de Bragg com os demais cultivares, nas proporções de 20, 35, 50, 65 e 80%. O delineamento experimental foi o látice parcialmente balanceado 5x5, com quatro repetições. A competição intergenotípica foi quantificada pela variação percentual = 100 (PM - PEP)/ PEP, onde PM é a média do caráter em mistura e PEP é a média do caráter em estande puro. As misturas produziram, em média, 3,8% mais que a média dos componentes em estande puro. Duas misturas, IAS 5 + Bragg e BR 8-Pelotas + Bragg, proporcionaram acréscimos no rendimento em todas as proporções de misturas. Concluiu-se que a competição intergenotípica pode ser utilizada no melhoramento da soja, visando a obtenção de misturas com rendimento e desempenho superior. Respostas diferenciadas à competição intergenotípica foram observadas em diferentes misturas e proporções e, proporção e características contrastantes entre os cultivares como capacidade de ramificação, altura de planta, ciclo de maturação e período de florescimento devem ser consideradas para a formação de misturas superiores.
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