Abstract

Procedimentos dialíticos como a hemodiálise (HD) procuram sustentar a vida do paciente com insuficiência real aguda (IRA), até que haja recuperação da função renal. Este trabalho tem como objetivo avaliar a biocompatibilidade das membranas de acetato de celulose e polissulfona em cães sem e com IRA submetidos à hemodiálise, através das respostas biológicas e sinais clínicos presentes no processo. Os animais hemodialisados foram subdivididos em quatro grupos (8 animais em cada): grupo 1 composto por animais normais que usaram membrana de acetato de celulose; grupo 2 formado por animais com IRA que utlizaram acetato de celulose; grupo 3 composto por animais normais que utilizaram membrana de polissulfona; e grupo 4 formado por animais com IRA que usaram polissulfona. A indução da IRA foi realizada pela administração de gentamicina (45mg/kg/EV/dia). A principal alteração foi perda de peso dos animais dos grupos com IRA. Houve redução significativa nos níveis de ureia e creatinina principalmente nos animais hemodialisados com membrana de polissulfona, enquanto que os níveis de sódio, potássio e glicose não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Os níveis de C3 e microglobulina b2 não apresentaram alterações significativas nos grupos, enquanto que o TNFa estava em altos níveis nos grupos com IRA hemodialisados com polissulfona e acetato de celulose, sendo a detecção maior neste último. Não ocorreram alterações significativas relacionadas com a pressão arterial sistêmica e outros parâmetros hematológicos. Pode-se concluir que houve aumento nos níveis de TNFa nos cães com IRA submetidos à HD, e que a membrana de polissulfona se mostrou ligeiramente mais biocompatível que a membrana de acetato de celulose, porém novos marcadores precisam ser estudados.

Highlights

  • A realização da presente pesquisa justifica-se pela necessidade de se obter respostas referentes à biocompatibilidade das membranas dos dialisadores, já que a literatura é escassa no que se refere ao assunto em questão, especialmente na insuficiencia renal aguda (IRA)

  • Todos as discussões foram realizadas no nível de 5% de significância

  • Em relação ao sódio não ocorreram mudanças importantes no nível sérico deste eletrólito em todos os grupos estudados, possivelmente decorrente da utilização do chamado perfil de sódio, indicado por Cowgill, (1996) e descrito por Meneses, (2003), cuja finalidade é não permitir que os níveis deste elemento diminuam durante a realização do procedimento hemodialítico, evitando-se assim a ocorrência de hiponatremia e suas consequências como hipotensão, náusea, emese, dentre outras

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Summary

Introdução

A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma síndrome clínica caracterizada pela diminuição súbita da filtração glomerular com subsequente acúmulo de toxinas metabólicas e perda da regulação do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácidobásico (Cowgill & Elliot, 2004). ▪ Grupo 1: constituído por 08 animais, clinicamente sadios, que receberam tratamento hemodialítico, utilizando membrana de acetato de celulose, a cada 24 horas, totalizando cinco sessões de HD. ▪ Grupo 2: constituído por 08 animais que, após estabelecimento da IRA, receberam tratamento hemodialítico, utilizando membrana de acetato de celulose, a cada 24 horas, totalizando cinco sessões de HD. ▪ Grupo 3: constituído por 08 animais, clinicamente sadios, que receberam tratamento hemodialítico, utilizando membrana de polissulfona, a cada 24 horas, totalizando cinco sessões de HD. ▪ Grupo 4: constituído por 08 animais que, após estabelecimento da IRA, receberam tratamento hemodialítico, utilizando membrana de polissulfona, a cada 24 horas, totalizando cinco sessões de HD. Todos as discussões foram realizadas no nível de 5% de significância

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