Abstract

<p>Aderências intra-abdominais são complicações de cirurgias de equinos que podem resultar em processos obstrutivos e comprometer a sobrevida dos animais. O presente estudo utilizou dez equinos hígidos, machos, sem raça definida (SRD), com quatro a 15 anos de idade e peso vivo situado entre 300 e 400 quilogramas (kg). Os animais foram submetidos à laparotomia esquerda em estação com o objetivo de serem induzidas aderências, testar a utilização intestinal de membrana biológica de pericárdio como prevenção e avaliar as diferentes alterações sistêmicas e do líquido abdominal. Após sedação e analgesia local, foi utilizado o acesso cirúrgico em grade, na flexura pélvica foi criada uma área de abrasão que, no Grupo 1, foi coberta por pericárdio homólogo e no Grupo 2, lavada com solução fisiológica. Após reposicionamento foi realizada a sutura muscular, de subcutâneo e pele. O pós-operatório constou de avaliações clínicas, citologia do líquido abdominal, hematologia e bioquímica sérica nos momentos M0- pré-operatório e M7, M14, M21 e M28 dias de pós-operatório. Nova laparotomia foi realizada aos 30 dias para verificar aderências, aspecto e biópsia intestinal. A técnica cirúrgica possibilitou menor trauma e campo operatório restrito. A evolução clínica foi satisfatória e cicatriz fibrosa foi identificada entre os planos musculares. Aderências não foram observadas. As avaliações laboratoriais demonstraram aumento de bilirrubinas, hematócrito, monócito, ureia sanguíneos e de proteína, densidade e leucócitos segmentados no líquido peritoneal. Conclui-se que a abrasão foi insuficiente para promover aderências fibrosas. O implante, sem comprovada eficácia, é viável e possível, por não resultar em diferenças laboratoriais significativas ou alterações deletérias.</p>

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