Abstract

Introdução: O comportamento autolesivo é definido como um ato dirigido a si mesmo que resulta em um dano tecidual. As estruturas orais podem ser traumatizadas por esse tipo de comportamento e sua incidência vem aumentando entre as crianças. Objetivo: Apresentar os fatores associados à automutilação oral em crianças e adolescentes, atentando para o diagnóstico diferencial das lesões orais. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura a partir de pesquisa nas bases de dados Medline (PubMed), entre 2010 e 2020. Foram selecionados 27 artigos, sendo 5 caso-controle, 1 transversal e 21 relatos de caso. Resultados: Os estudos avaliados foram desenvolvidos em diversos países, em hospitais, ambulatórios, institutos, universidades, escolas e orfanato. Nos estudos observacionais as amostras variaram entre 30 e 303 participantes. A automutilação oral foi relacionada aos fatores sociais, hereditários, neurológicos e psiquiátricos. Observou-se também o envolvimento de indivíduos sem comorbidades em casos de automutilação oral. Nesses estudos houve mais crianças que adolescentes envolvidos em quadros de automutilação oral. Conclusão: Fatores hereditários, neurológicos, psiquiátricos e sociais são apontados como fatores associados aos quadros de automutilação oral em crianças e adolescentes. Entretanto, a literatura ainda é escassa em padronização de protocolo para diagnóstico de automutilação oral, assim outros estudos são necessários para determinação de quais fatores podem ser pertinentes a esses casos quando envolvem crianças e adolescentes.

Highlights

  • Self-injurious behaviour is defined as an act directed at

  • that results in tissue damage

  • Oral structures can be traumatized by this type of behaviour

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Summary

Introdução

O comportamento autolesivo, do inglês Self-Injurious Behaviors (SIB) foi definido como um ato dirigido a si mesmo que resulta em um dano tecidual (Shapira et al, 2016; Tate & Baroff, 1966). Geralmente os quadros de automutilação se manifestam como pancadas no corpo ou na cabeça, mordidas de dedos e lábios, cortes na pele, automutilação oral, ocular e genital (Mistry et al, 2010; Subbaiah, Thomas, 2015). É interessante destacar que as estruturas orais e periorais podem ser traumatizadas por esse tipo de comportamento e quando esse afeta essas estruturas envolve mordeduras no lábio, mucosa jugal (Chen & Liu, 1996; Romero et al, 2005) superfícies laterais da língua (Chen & Liu, 1996; Flaitz & Felefli, 2000) e autoextração dentária (Williams, 2015). O objetivo deste estudo é apresentar, com base na literatura, quais fatores podem estar associados à automutilação oral em crianças e adolescentes, a fim de ajudar o clínico no diagnóstico diferencial das lesões orais

Metodologia
Resultados
Discussão
Conclusão
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