Abstract
The book El escritor y el otro by the author Carlos Liscano from Uruguay, proposes a deep discussion on the games of fictional creation, and also reflects the possible limits of the authors factual life and its written form. With that starting point, this paper aims to argue how Liscano’s text suggests the problematization between the fiction that appears to be a life story and the mutual contaminations derived from that crossing. In El escritor y el otro both life and writing are fictionalized, acting as a literature that looks inwards, that is self questioning. Beyond that, the book also reveals the diversity of the “I” of a Liscano that inscribes himself as fiction, and at the same time appeals often to self-referentiality, to data recognized as being from the personal life of the public man and also from Uruguay, projecting the desire to wipe off the frontiers between factual and fictional. Therefore, we start from the hypothesis that the stories present in El escritor y el otro are not limited to a testimonial literature neither to a autobiographical literature, but are projected through a script that is assumed to be undecided in terms of gender, in a text that reinvents a life in its words, and outlines the performance of an author and his spectacular image, as a way to mock the writers life and the same speculate form of the own text that he elaborates.
Highlights
Resumo: O livro El escritor y el otro do escritor uruguaio Carlos Liscano propõe uma profunda discussão dos jogos da criação ficcional, bem como reflete os possíveis limites da vida factual do escritor e sua posta em escrita
Lemos um diálogo com Barthes, quando este último diz: Todos esses eus são tecidos, cintilações na escrita, tal como lemos, segundo diversas preponderâncias → Mas a escrita de vida implica, evidentemente, que certo valor criativo é atribuído à persona; a escrita surge na parte não escrita da vida, ela esbarra continuamente naquilo que está fora da escrita, e mantém, com essa parte não escrita, uma relação de analogia deformada, ou de alegoria; é absolutamente o caso de Proust, que realiza perfeitamente a frase de Keats: “A vida de um homem de certo valor é uma constante alegoria”. (BARTHES, 2005b, p. 174)
This paper aims to argue how Liscano’s text suggests the problematization between the fiction that appears to be a life story and the mutual contaminations derived from that crossing
Summary
Resumo: O livro El escritor y el otro do escritor uruguaio Carlos Liscano propõe uma profunda discussão dos jogos da criação ficcional, bem como reflete os possíveis limites da vida factual do escritor e sua posta em escrita. Em El escritor y el otro a vida e o escrever se ficcionalizam, encenando uma literatura que olha para si, que se autoquestiona. O livro revela a diversidade do eu de um Liscano que se inscreve como ficção, ao mesmo tempo que apela diversas vezes à autorreferencialidade, a dados reconhecidos como da história pessoal do homem público e também do Uruguai, projetando o desejo do apagamento das fronteiras entre o factual e o ficcional. Partimos da hipótese de que os relatos presentes em El escritor y el otro não se limitam a uma literatura denominada testemunhal nem autobiográfica, senão que se projetam através de uma escrita que assume a indecidibilidade de gênero, num texto que reinventa uma vida na escrita, e esboça a performance de um autor e sua imagem especular, como forma de remedar a vida daquele que escreve e da mesma estrutura especular do próprio texto que este elabora.
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