Abstract

Em todo o mundo a duração média das viagens tem diminuído. No entanto, curiosamente, essa tendência não tem se revelado no turismo receptivo internacional do Brasil. Duas hipóteses podem explicar a incomum realidade brasileira: mudanças no comportamento dos turistas que visitam o país, e alterações na composição do fluxo turístico receptivo internacional brasileiro. Uma eventual confirmação da primeira hipótese mostraria que a evolução do comportamento dos turistas nos últimos anos foi efetivamente diferente no Brasil e nos demais países, evidenciando a ocorrência de melhorias na qualidade da experiência turística ofertada pelo Brasil. Este estudo objetiva testar essa hipótese através do uso de modelos de duração baseados em mais de 211 mil entrevistas. A modelagem do comportamento individual dos turistas torna possível controlar o efeito de variáveis intervenientes, permitindo uma avaliação detalhada do efeito temporal sobre a duração esperada das estadas dos turistas. Treze modelos de duração são testados. O modelo com melhor ajuste aos dados tem taxa de risco com distribuição Weibull e heterogeneidade individual com distribuição Gama. Os resultados apontam que a tendência crescente da permanência média é parcialmente explicada por uma mudança no comportamento dos turistas.

Highlights

  • The average duration of tourism trips has decreased all over the world

  • The endorsement of the first hypothesis would show that the evolution of tourist behavior over the last years was different in Brazil and in the rest of the world

  • This would evidence the occurrence of improvements in the quality of tourist experiences offered by Brazil

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Summary

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O interesse acadêmico na duração da estada dos turistas é relativamente antigo. Wurst (1955), um pioneiro nesta área, propôs uma forma de cálculo da permanência média a partir de dados agregados. O interesse acadêmico na duração da estada dos turistas é relativamente antigo. Wurst (1955), um pioneiro nesta área, propôs uma forma de cálculo da permanência média a partir de dados agregados. Archer e Shea (1975) buscaram aprofundar a discussão sobre esse assunto. Diferentes objetivos e perspectivas sobre o tema foram adotados por estudos mais recentes. Análises descritivas e univariadas da permanência dos turistas e das variáveis determinantes desse comportamento foram desenvolvidas por Oppermann (1994, 1995, 1997), Seaton e Palmer (1997), Sung, Morrison, Hong e O’Leary (2001) e Tierney (1993). Análises multivariadas dos determinantes da permanência dos turistas foram realizadas por 21 estudos baseados em microdados. Uma síntese das características desses estudos é apresentada na Tabela 1

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FONTE DE INFORMAÇÕES E VARIÁVEIS
MÉTODO E RESULTADOS
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
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