Abstract
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a atuação do enfermeiro em oncologia, sob a perspectiva da genética e da genômica, e sobre seu papel como membro integrante da equipe multiprofissional e interdisciplinar de aconselhamento genético oncológico. Trata-se de uma reflexão, fruto de leitura minuciosa da literatura da área, acrescida da experiência dos autores e discussões em grupo de pesquisa. No transcorrer desse trabalho, foi possível constatar que o enfermeiro precisa considerar o cuidado de saúde baseado em genômica e apropriar-se de competências essenciais. Essas competências abrangem a habilidade de mobilizar recursos genômicos na coleta da história familiar e nas orientações sobre testes genéticos a famílias em risco para síndromes neoplásicas hereditárias. O profissional de enfermagem pode atuar como referência para os demais membros da equipe de saúde, com potencial para integrar seus conhecimentos no cuidado, no ensino e em pesquisas em oncologia, sob a ótica da genética e da genômica.
Highlights
Do ponto de vista fisiopatológico, as neoplasias malignas possuem bases genéticas e moleculares e podem ser reconhecidas como agravos genéticos causados por instabilidade genômica.[1,2] Genômica, termo utilizado pela primeira vez por McKusick e Ruddle,[3] é o estudo de todos os genes do genoma humano em conjunto, incluindo suas interações entre si e com o meio ambiente, compreendendo fatores físicos, psicossociais, culturais e suas implicações para o cuidado em saúde e de enfermagem.[4,5]
O presente artigo objetiva apresentar uma reflexão sobre a atuação do enfermeiro em oncologia, na perspectiva da genética e da genômica, e sobre seu papel enquanto membro integrante da equipe multiprofissional e interdisciplinar de aconselhamento genético em câncer
A enfermagem em genética e genômica é definida como a proteção, promoção e otimização da saúde; prevenção da doença e lesão; alívio do sofrimento por meio do diagnóstico das respostas humanas; e defesa, de forma pró-ativa, dos direitos de indivíduos, famílias e comunidades sob o cuidado genômico.[5]
Summary
Milena Flória-Santos[1], Erika Maria Monteiro Santos[2], Lucila Castanheira Nascimento[3], Gabriela Pereira-daSilva[4], Beatriz Rossetti Ferreira[5], Diego Oliveira Miranda[6], Luis Carlos Lopes-Júnior[7], Patrícia da Silva Pinto[8]. RESUMO: Este artigo tem como objetivo refletir sobre a atuação do enfermeiro em oncologia, sob a perspectiva da genética e da genômica, e sobre seu papel como membro integrante da equipe multiprofissional e interdisciplinar de aconselhamento genético oncológico. Foi possível constatar que o enfermeiro precisa considerar o cuidado de saúde baseado em genômica e apropriar-se de competências essenciais. Essas competências abrangem a habilidade de mobilizar recursos genômicos na coleta da história familiar e nas orientações sobre testes genéticos a famílias em risco para síndromes neoplásicas hereditárias. O profissional de enfermagem pode atuar como referência para os demais membros da equipe de saúde, com potencial para integrar seus conhecimentos no cuidado, no ensino e em pesquisas em oncologia, sob a ótica da genética e da genômica.
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