Abstract

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência em âmbito internacional devido à COVID-19. Houve um impacto na saúde mental da população, dadas as instabilidades sociais, políticas e econômicas e também houve o aumento de sintomas de ansiedade e depressão na população. Uma das alternativas para atender às demandas de saúde mental no Brasil volta-se à Rede de Atenção Psicossocial - RAPS. Este artigo qualitativo buscou analisar a atuação de psicólogos frente à COVID-19 na RAPS de um município catarinense, considerando a perspectiva da Psicologia na Gestão Integral de Riscos e de Desastres. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicou-se também a técnica “fotografando ambientes” com 15 psicólogos da RAPS. Esses dados foram analisados através da Grounded Theory, com o auxílio do software Atlas.ti 9. Como resultados, evidenciou-se a primazia das práticas na fase de resposta à pandemia. Identificou-se que os serviços de Psicologia passaram a ser mais valorizados na pandemia e a demanda para atendimentos aumentou. As práticas dos psicólogos se focaram no acolhimento e escuta e houve a utilização de novas ferramentas de trabalho, como o celular, para o atendimento de forma remota. Como principais demandas, os psicólogos acolheram usuários com queixas voltadas à ansiedade, ao luto e à reorganização da rotina diante do isolamento social. Os psicólogos também passaram a atuar em outros dispositivos da RAPS, como as UPAs. Sugere-se o desenvolvimento de formações para os profissionais da Psicologia diante de emergências em saúde pública.

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