Abstract

Resumo Os atos rituais no Candomblé desempenham importante papel em criar as condições pragmáticas para a transmissão da memória religiosa. É objetivo deste artigo mostrar como gestos performados (oferendas, limpezas, interditos rituais, etc.) mobilizam as características dos Orixás e dos signos do destino (Odus), motivando a adesão do adepto à dimensão simbólica do culto. Nestas interações de cunho ritual, objetos, alimentos, lugares, etc., perdem as conotações normais de uso e ganham uma saliência cognitiva e uma eficácia simbólica. Almeja-se, assim, determinar como a prática ritual permite a emergência de uma realidade sui generis, notadamente, de uma biografia paradoxal do adepto, acasalada com a intencionalidade das entidades (Orixás, Odus, etc.), eficácias especiais e categorias mitológicas.

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