Abstract

INTRODUÇÃO: As alterações impostas pela doença renal e por seu tratamento interferem negativamente na qualidade de vida dos indivíduos com doença renal crônica. A atividade física é relatada como uma alternativa terapêutica nesta população, porém, a maioria dos pacientes submetidos à hemodiálise apresentam baixos níveis de atividade física. OBJETIVO: verificar a correlação entre a atividade física e qualidade de vida em indivíduos com doença renal crônica em hemodiálise. MÉTODOS: Este estudo é observacional, analítico, descritivo e quantitativo, desenvolvido em uma das Unidades de Hemodiálise da região Noroeste do Rio Grande do Sul, Brasil, na atenção clínica terciária, durante o período de novembro de 2018 a fevereiro de 2019. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos e em tratamento hemodialítico por doença renal crônica há mais de três meses; pertencentes ao serviço de hemodiálise. Os critérios de exclusão foram os indivíduos com diagnóstico de doença renal aguda; aqueles que apresentaram aparentemente dificuldades em compreender, responder ou que não realizaram completamente os instrumentos de avaliação propostos (qualidade de vida e pedômetros), indivíduos que no momento da avaliação não apresentaram condições clínicas estáveis. A coleta de dados foi realizada pela análise dos prontuários clínicos e eletrônicos e entrevista semiestruturada. Utilizou-se avaliação pelos pedômetros e pelo questionário Kidney Disease and Quality of Life Short-Form-KDQOL-SFTM. Análises de modelagem por regressão foram realizadas para testar a associação entre o número de passos/dia e os desfechos avaliados RESULTADOS: Foram incluídos na amostra 40 pacientes, destes, 70% são homens, com média de idade de 59,9 ± 13,0 anos. Na correlação entre atividade física e qualidade de vida, o número de passos/dia teve correlação significativa com as dimensões sintomas e problemas (r=0,523;p=0,003), efeitos da doença (r=0,458; p=0,010), função sexual (r=0,361;p=0,050), sono (r=0,357;p=0,049), função física (r=0,617;p=<0,001), papel físico (r=0,504;p=0,004), dor (r=0,496; p=0,005), bem estar emocional (r=0,407; p=0,023), papel emocional (r=0,435;p=0,014), função social (r=0,522;p=0,003), energia/fadiga (r=0,436;p=0,014) e composição física (r=0,598;p=<0,001). As variáveis idade, índice de massa corporal, tempo de hemodiálise e sexo não apresentaram correlação com o número de passos/dia. CONCLUSÃO: Houve correlação positiva entre atividade física e qualidade de vida, ou seja, quanto maior a média de número de passos/dia melhor a qualidade de vida de indivíduos em hemodiálise.

Highlights

  • A Doença Renal Crônica (DRC), progressiva e irreversível, tem assumido destaque como um grande impacto em saúde pública[1]

  • As alterações impostas no organismo, pela doença e pelo próprio tratamento, interferem negativamente em todos os aspectos da qualidade de vida (QV) e atingem de uma forma tão homogenia o biopsicossocial do indivíduo e, secundariamente, o seu contexto[3]

  • Capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica pré-dialítica e em hemodiálise - Um estudo transversal

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Summary

Physical activity and quality of life in chronic kidney individuals

RESUMO | INTRODUÇÃO: As alterações impostas pela doença renal e por seu tratamento interferem negativamente na qualidade de vida dos indivíduos com doença renal crônica. Desta forma, o objetivo do estudo foi verificar a correlação entre a atividade física e qualidade de vida, além de correlacionar o número de passos/dia com as variáveis de perfil da amostra (idade, índice de massa corporal, tempo de hemodiálise e sexo) em pacientes com doença renal em tratamento hemodialítico. Foi realizada análise de regressão para número de passos/dia e variáveis de perfil da amostra que não apresentaram correlação significativa (idade, IMC, tempo de hemodiálise, sexo feminino, escore saúde geral - KDQOL-SFTM), Tabela 3. Este estudo analisou a correlação entre a atividade física e qualidade de vida, além de correlacionar o número de passos/dia com as variáveis de perfil da amostra (idade, índice de massa corporal, tempo de hemodiálise e sexo) em pacientes com doença renal em tratamento hemodialítico. Houve correlação positiva entre atividade física e qualidade de vida, ou seja, quanto maior a média de número de passos/dia, melhor a qualidade de vida de indivíduos em hemodiálise

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