Abstract
OBJETIVOS: descrever a teoria da atenção nutricional no pré-natal de baixo risco da rede do Sistema Único de Saúde. MÉTODOS: estudo avaliativo cujo referencial teórico foi o Modelo de Avaliação de Implementação de Love (2004), em seu terceiro estágio (oferta da intervenção). A análise de cobertura foi realizada com base em dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006 e a de componentes contemplou a elaboração dos modelos causal e lógico-operacional. RESULTADOS: a cobertura da atenção pré-natal mostrou-se quase universal no Brasil. Entretanto a não participação em processos da atenção pré-natal e nutricional relacionou-se à maior vulnerabilidade socioeconômica. A magnitude elevada de distúrbios nutricionais gestacionais e o encadeamento lógico das causas presumidas desses distúrbios e de suas consequências ressaltam a pertinência em intervir na ingestão nutricional das gestantes, dada a capacidade que se tem de agir sobre essa causa e a eficácia/efetividade demonstrada das ações. Quanto ao mérito do modelo lógico-operacional, entendeu-se que se a estrutura e o processo da atenção nutricional forem adequadamente implementados pode-se chegar aos resultados esperados. CONCLUSÕES: a descrição da teoria da intervenção e sua modelização revelam-se como etapas fundamentais à avaliação da implementação da atenção nutricional no pré-natal, na busca por seu aprimoramento.
Highlights
Results: prenatal care has virtually universal coverage in Brazil
A magnitude elevada de distúrbios nutricionais gestacionais e o encadeamento lógico das causas presumidas desses distúrbios e de suas consequências ressaltam a pertinência em intervir na ingestão nutricional das gestantes, dada a capacidade que se tem de agir sobre essa causa e a eficácia/efetividade demonstrada das ações
27) Presença de rotinas técnicas de procedimentos escritas, atualizadas e disponíveis em todos os setores para assistência prénatal
Summary
Fonte: PNDS, 2006. * 17,2% (IC95%: 14,7%; 20,0%); ** 81,1% (IC95%: 78,3%; 83,7%); *** 1,7% (IC95%: 1,2%; 2,4%) das mães dos menores de cinco anos. Sérico < 0,7 μmol/L) na população feminina brasileira entre 15 e 49 anos, revelando o expressivo aumento (com caráter epidêmico) do sobrepeso e da obesidade e prevalências importantes de anemia e hipovitaminose A.1. Em 2012, o MS lançou o Caderno de Atenção Básica do PréNatal de Baixo Risco, que passou a recomendar a suplementação do ácido fólico desde a primeira consulta de pré-natal, a realização do segundo exame de hemoglobina para todas as gestantes e do teste oral de tolerância à glicose para as gestantes com glicemia de jejum >85 mg/dL ou com fatores de risco específicos. Nesses dois últimos manuais, que os problemas alvo da atenção nutricional no prénatal, com elevada magnitude na população brasileira, são os distúrbios nutricionais gestacionais (baixo peso, sobrepeso e obesidade, ganho de peso abaixo ou acima do adequado, anemia, hipovitaminose A e glicemia alterada) e doenças associadas à alimentação e nutrição (hipertensão e diabetes mellitus).[22,23]
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