Abstract

Os aprendentes chineses de português europeu (PE) tendem a evidenciar dificuldades de perceção e produção das consoantes oclusivas orais da L2, nomeadamenteno que respeita à distinção de vozeamento (Shu 2014). O presente estudo visa analisar a semelhança interlinguística entre os sons oclusivos orais da L1 e os da L2, tal como percecionada por estes aprendentes, procurando explicar as dificuldades na aprendizagem fonético-fonológica do PE reportadas na literatura (Batalha 1995; Martins 2008; Shu 2014). Assim, 11 participantes macaenses, falantes nativos de cantonês, realizaram uma tarefa de assimilação percetiva, identificando o som do cantonês que mais se assemelhava à consoante inicial de estímulos CV, produzidos por falantes nativos de PE, e procedendo à avaliação da sua qualidade numa escala de sete pontos. Os resultados, interpretados à luz do Perceptual Assimilation Model L2 (Best & Tyler 2007), sugerem que este grupo de aprendentes não reconhece diferenças fonéticas entre os sons /p/ e /b/ da L2, ouvidos como exemplares igualmente bons de uma única categoria nativa (/p/). A mesma tendência se evidencia com /t/-/d/ e /k/-/g/ do português, ainda que pareça haver uma maior facilidade de percecionar diferenças fonéticas entre os elementos destes pares à medida que o ponto de articulação recua.

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