Abstract

Este trabalho busca analisar a relacao existente entre a formacao de um Coletivo Feminista com a ocorrencia de assedio em uma Escola de Administracao, alem da tarefa de dar voz as narrativas e visibilidade as violencias sofridas. Refletimos sobre a formacao deste Coletivo e discutimos a definicao de assedio na teoria, na lei, em sua presenca na academia, mas buscando compreender principalmente a ideia de assedio que parte do campo, atraves dos relatos colhidos. Com abordagem qualitativa baseada na teoria do ponto de vista feminista, os relatos nos revelam tres processos que denominamos: a invisibilidade do lugar de fala de alunas, a ausencia de relatos como silenciamentos que importam, e a submissao intelectual. Observamos que com o Coletivo construimos um espaco de confianca, acolhimento, escuta e empatia para alunas que viveram ou presenciaram situacoes de assedio, intuitivamente preenchendo um vacuo deixado pela IES e pelas agencias de fomento, e ate mesmo pela lei. Neste caso, confirmamos a relacao de formacao deste com a presenca de assedio no ambiente, relacao esta apontada por diversas autoras. Os processos tambem nos mostram que apesar da falta de resposta de resposta ao que ocorre, estas discriminacoes sao debatidas e conhecidas por pesquisadores da area e apesar de silenciadas cotidianamente, nao sao novidades.

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