Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar a estratégia reprodutiva de Serrapinnus notomelas em igarapés da bacia do rio Machado, sudoeste da Amazônia. As coletas foram realizadas no período de abril de 2015 a março de 2016 em dois igarapés, utilizando rede de cerco e redes de mão ao longo de um trecho de 50 m do igarapé. Foram coletados 122 indivíduos, sendo 38 machos e 84 fêmeas (proporção-sexual; 2 fêmeas: 1 macho). O tamanho dos indivíduos variou de 1,7 a 4,0 cm, não havendo diferenças entre o comprimento médio de machos e fêmeas (U = 1406,5; df = 121; p = 0,29). O tamanho da primeira reprodução para fêmeas foi de 2,6 cm e dos machos, 3,6 cm. A desova foi caracterizada como sendo do tipo total e a estação reprodutiva da espécie ocorreu no período chuvoso. Esses resultados preenchem lacunas científicas referentes à biologia de espécies de pequeno porte de igarapés amazônicos.

Highlights

  • Estudos sobre a reprodução de peixes são importantes para analisar como as estratégias reprodutivas são adaptadas à sazonalidade (SÚAREZ et al, 2017) e para avaliar o estado de conservação das espécies (ROSSI-WONGTSCHOWSKI et al, 2009) a fim de subsidiar medidas de gestão de estoques pesqueiros (KING; McFARLANE, 2003), como restrições espaciais e temporais de atividade de pesca e uso de petrechos adequados objetivando não comprometer o tamanho mínimo de primeira maturação (VAZ-DOS-SANTOS et al, 2013)

  • As amostragens foram realizadas nos igarapés Dom João e Penha, localizados na bacia do rio Machado, porção leste do estado de Rondônia (Figura 1)

  • O predomínio de fêmeas é comum em peixes (SÚAREZ et al, 2009), fatores como predação e variação nas condições ambientais locais, como a temperatura, FIGURA 3: Distribuição das médias das frequências dos diâmetros dos ovócitos de 24 fêmeas de S. notomelas na bacia do rio Machado, Norte do Brasil, de abril de 2015 a março de 2016

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Summary

Introduction

Estudos sobre a reprodução de peixes são importantes para analisar como as estratégias reprodutivas são adaptadas à sazonalidade (SÚAREZ et al, 2017) e para avaliar o estado de conservação das espécies (ROSSI-WONGTSCHOWSKI et al, 2009) a fim de subsidiar medidas de gestão de estoques pesqueiros (KING; McFARLANE, 2003), como restrições espaciais e temporais de atividade de pesca e uso de petrechos adequados objetivando não comprometer o tamanho mínimo de primeira maturação (VAZ-DOS-SANTOS et al, 2013). Não houve variação significativa entre o diâmetro médio dos ovócitos e o comprimento corporal (F = 1321,0; R2 = -0,03; p = 0,71; n = 24) e o peso individual das fêmeas (F = 4640,1; R2 = -0,02; p = 0,50; n = 24).

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Results
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