Abstract
A área estudada está localizada no município de Novo Horizonte, situado no centro-oeste do Estado de São Paulo. Na região ocorrem sedimentos cretáceos do Grupo Bauru que constituem um aqüífero livre, poroso e explorado para fins de abastecimento doméstico e industrial. Sobre este aqüífero, cuja extensão no Estado· de São Paulo é de 104.000 km² , a atividade canavieira tem apresentado um grande crescimento, fazendo com que um grande volume de vinhaça se infiltre no solo e cause uma considerável poluição hídrica, já considerada crítica em certas áreas. Este trabalho enfoca a problemática da infiltração da vinhaça numa área-piloto do aqüífero Bauru. Os resultados obtidos nesta pesquisa caracterizam claramente os impactos que a infiltração da vinhaça causa à água subterrânea, tornando-a inadequada para o consumo humano. Os seguintes parâmetros excederam os padrões de potabilidade: o nitrogênio amoniacal foi encontrado com valores entre >;0,005 e 9,8 mg/l; o magnésio, entre 12,0 e 210,0 mg/l; o alumínio, entre >;0,02 e 23,0 mg/l; o ferro, entre >;0,005 e 60,0 mg/l; o manganês, entre 5,0 e 60,0 mg/l; e o cloreto, entre 4,0 e 640,0 mg/l.
Highlights
The study area is located in Novo Horizonte in central west São Paulo
This article focuses on the problem of molasses infiltration in the pilot area of Bauru Aquifer
The following measurements were made in water which exceeded drinking water standards; ammonia nitrogen > 0.005 to 9.8 mg/l; magnesium 12.0 to 210.0 mg/l; aluminum >0.02 to 23.0 mg/l; iron >0.005 to 60.0 mg/l; manganese 5.0 to 60.0 mg/l and chloride 4.0 to 640,0 mg/l
Summary
A agroindústria da cana-de-açúcar no Brasil teve início pouco antes da invasão holandesa, em 1630, na Região Nordeste. É em 1975, porém, que a indústria alcooleira vai ter seu grande impulso com a institucionalização do PROÁLCOOL - Programa Nacional do Álcool A produção de álcool anidro em larga escala para atender à indústria automotiva trouxe consigo implicações que comprometem seriamente a preservação do meio ambiente em nosso país e, em particular, no Estado de São Paulo, onde se encontram 153 indústrias açúcar-alcooleiras, responsáveis por 60 % da produção nacional de álcool. Admitindo-se a geração de 12 litros de efluente por litro de álcool produzido, DBO do efluente igual a 20 g/l, duração da safra de 150 dias e demanda equivalente de 54 g DBO/habitante-dia (HASSUDA, 1989), a carga poluidora oriunda da vinhaça das indústrias alcooleiras em 1986 correspondeu a uma população de 329 milhões de habitantes, equivalente, portanto, a 2,5 vezes a população nacional daquele ano. Sobre a região em que ele se estende, é desenvolvida a atividade canavieira com generalizada prática de infiltração, o que põe em evidência o risco de contaminação do aqüífero Bauru
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