Abstract
Será um aspecto constitutivo dos juízos de aceitabilidade cognitiva de teorias o fato de serem feitos sob certas relações sociais que incorporam valores sociais específicos cultivados pelos pesquisadores (Helen Longino)? Ou será que fazer juízos corretos desse tipo é apenas uma conseqüência de interações sociais que ocorrem sob essas relações (Philip Kitcher)? Embora de maneira geral subscreva o segundo ponto de vista, faço uma distinção, ausente dos escritos de Longino e Kitcher, entre aceitação correta e endossamento (endorsement) de uma teoria, e defendo a tese de que a concepção de Longino aplica- se ao endossamento.
Highlights
As práticas científicas respondem a interesses tanto cognitivos quanto sociais/éticos
Aspectos cognitivos e sociais das práticas científicas abstract. Is it constitutive of making judgments of the cognitive acceptability of theories that they are made under certain social relations that embody specific social values that have been cultivated among investigators (Helen Longino)? Or is making sound judgments of this kind just a consequence of social interactions that occur under these relations (Philip Kitcher)? While generally endorsing the latter view, I make a distinction, not made by the philosophers under discussion, between sound acceptance and endorsement of a theory, and argue that Longino’s view applies to endorsement
Values and objectivity in science, and current controversy about transgenic crops
Summary
A fim de evitar a intromissão de valores não-cognitivos em momentos em que são considerados inadmissíveis, é importante distinguir a sustentação cognitiva (racional) de uma teoria (como fornecedora de entendimento de um domínio específico de fenômenos) das condições sob as quais ela adquiriu sustentação ou, em outras palavras, distinguir a questão “Em que bases a teoria (T) é aceita” da questão “O que explica que T tenha se tornado uma candidata à aceitação, e que as condições para sua investigação tenham se apresentado?” De modo semelhante, Haack distingue “Quão boa é a evidência para uma teoria?” e “Quais são os padrões de conduta da pesquisa científica?” (cf. Haack, 1977). Aspectos cognitivos e sociais das práticas científicas questão, porém para o primeiro considera-se que tem relevância epistêmica apenas quando valores não-cognitivos encontram-se de fato entre as bases às quais se apela (explícita ou implicitamente). Apenas quando T é indevidamente aceita a questão importante se torna: por que (causalmente) T foi aceita? A explicação sociológica da aceitação de fato de T não pode obliterar a apreciação cognitiva de T, e uma explicação sociológica dessa apreciação nada nos diz de decisivo a respeito de sua adequação
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