Abstract

Já se tornou famosa a citação de Walter Benjamin, tomada de Michelet, segundo a qual “cada época sonha a seguinte”, como também já se toma a obra desse autor como um trabalho que possui não apenas um viés, mas, em grande parte, fundamentos antropológicos. São com essas duas perspectivas metodológicas, a filosófica e a antropológica em Benjamin, que este texto é construído. Objetiva-se estudar, a partir dos textos do escritor alemão, como o espírito que erigiu essa modernidade “ecoa” no espírito contemporâneo das vitrines de uma Avenida amazônica, a Braz de Aguiar, em Belém do Pará, mais especificamente, na representação da infância nesses espaços. Temáticas como o vidro, a moda, os magasins de nouveautès, a boneca, a infância e o sexo, e conceituações, como fantasmagoria, fetiche e fotografia, que estão presentes nos estudos Benjaminianos, aqui reverberam, “prendendo-se” ao objeto, evocando-se com ele, e demonstram que os sonhos do século XIX ainda suscitam imagens na Amazônia do século XXI.

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