Abstract

Buscamos apresentar neste artigo o relato de um recorte dos olhares obtidos durante experiência de pesquisa realizada em Maputo, capital de Moçambique, de abril a maio de 2015. No caso do presente olhar, destacamos a análise acerca das singularidades do espaço urbano e suas implicações nas práticas territoriais do Vale do Infulene e Distrito de Marracuene, no entorno de Maputo/MOZ; e do entorno de Xai-Xai, capital da Província de Gaza; além da praia de Chidenguele/Xai-Xai. No deslindar da pesquisa percebemos histórias singulares, com maior destaque às das mulheres. Histórias estas vividas no contexto sempre de acontecimentos marcantes da sociedade moçambicana, tal como o processo de independência nacional (1975) e, como uma de suas consequências, a incorporação do aproveitamento do solo / uso tradicional da terra; além das profundas marcas deixada pela Guerra Civil (1976-1992). As práticas produtivas alternativas efetivadas pelas comunidades, na construção dos territórios, podem ser entendidas como coexistência do “avanço” da modernização capitalista e manutenção de práticas tradicionais, que ressignificam os espaços rural e urbano e se exprimem numa paisagem urbana com fortíssimas imbricações rurais.

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