Abstract

Este artigo analisa as repercussões das recomendações de organismos internacionais, com prioridade para o Banco Mundial (BM), Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na condução da política educacional paulista em curso. A hipótese é a de que ao longo de mais de duas décadas, e sob a égide de um mesmo partido político, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), a política educacional paulista tem se alinhado às orientações e recomendações internacionais no que diz respeito às políticas educacionais, especificamente aquelas relacionadas aos docentes da educação básica, produzindo discursos que operam no sentido de desqualificar o professor, a sua formação e o trabalho que este profissional realiza. A partir da análise de documentos produzidos por organismos internacionais e, também, pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP), concluímos que tal processo de desqualificação do estatuto socioprofissional dos docentes vem sendo engendrado ao longo de mais de duas décadas, fragilizando a imagem pública da profissão e fortalecendo estratégias de controle e regulação do trabalho docente, bem como de mecanismos de responsabilização, por parte do Estado, com vistas à implantação de políticas gerenciais e performáticas.

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