Abstract

Este estudo verificou a compreensão de educadores de escolas públicas e privadas acerca das dificuldades enfrentadas no processo de escolarização, fenômeno conhecido por queixa escolar. Para tanto, foram entrevistadas vinte e quatro educadoras, constituindo dois grupos: G1- educadoras de duas escolas privadas, e G2- educadoras de duas escolas públicas. As entrevistas foram examinadas mediante análise de conteúdo e organizadas em categorias. Foi realizado um exercício de análise marxista, pois buscamos consonância com o referencial teórico utilizado: a Psicologia Histórico-Cultural, que possui como base metodológica o Materialismo Histórico-Dialético. Os resultados revelaram que, nos dois grupos (G1 e G2), as educadoras partem do pressuposto de que as queixas escolares estão diretamente relacionadas apenas com os alunos. Desta forma, as participantes desconsideram que a queixa/fracasso escolar seja produzida no interior da escola e entendem esta diretamente associada à organização e à estrutura social.

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