Abstract

Para que uma firma seja considerada empresa de economia de comunhão (EEdC), ela deve seguir princípios específicos, fundamentados nos valores da cultura da partilha, expressos na Carta de Princípios da Empresa de Economia de Comunhão (EdC). Este estudo teve por objetivo verificar se as empresas do Polo Spartaco coadunam os princípios expostos nessa carta, na prática cotidiana da gestão de pessoas, por meio de um estudo de caso descritivo, com abordagem qualiquantitativa, utilizando-se de entrevistas semiestruturadas com os gestores, aplicação de questionário aos funcionários, observação direta e evidências documentais. Os resultados apontam que as práticas de gestão de pessoas das empresas vinculadas ao Polo Spartaco, de fato, coadunam o discurso expresso na Carta de Princípios da EdC. Observou-se que suas práticas de gestão de pessoas, ainda que de forma pouco estruturada, são bem-sucedidas para gerar produtividade, engajamento, participação e consolidação de valores.

Highlights

  • To be regarded as a company of economy of communion (EEdC), a firm should follow specific principles, grounded on the values of the sharing culture, expressed in the Charter of Principles of the Company of Economy of Communion (EdC)

  • Na Economia de Comunhão (EdC), a cultura da partilha se contrapõe ao individualismo e à competição, estruturando-se sobre relações baseadas em princípios de amor, solidariedade, gratuidade e unidade em busca da consolidação dos bens relacionais4 capazes de suportar as fragilidades do sistema econômico dominante

  • Dentre outros pontos pertinentes à área de gestão de pessoas no contexto da Carta de Princípios estabelecidas para as empresas de EdC encontram-se: a comunicação, a ética e qualidade nos relacionamentos e o compromisso com a sociedade, os fornecedores e os clientes

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Summary

Economia de Comunhão

Para entender a EdC, sua construção histórica e estrutura, é necessário conhecer sua gênese: o Movimento dos Focolares. 75) o Movimento dos Focolares baseia-se “em uma visão antropológica, caracterizada pela superação do subjetivismo (com todas as suas formas modernas, como o individualismo e o liberalismo), por meio de um estilo de vida comunitário”. Para que se possa compreender esse estilo de vida em comunidade, proposto pelo Movimento dos Focolares, e sua importância, faz-se necessário conhecer a base dessas comunidades: as Mariápolis. O Movimento dos Focolares aponta dois principais pontos que suscitaram esse interesse pela EdC e deram início a apresentações e congressos: i) a citação da economia “civil e de comunhão” feita pelo Papa Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate; ii) a necessidade de valores diferentes no âmbito da vida econômica, evidenciada pela crise econômica mundial em 2008. A adesão não pode “[...] ser imposta ou obrigada, quer por meios coercitivos, quer por meios subliminares, como os utilizados pelo marketing” (ARAÚJO, 1992, apud SERAFIM, 2001, p. 79)

Valores da economia de comunhão
Carta de princípios das empresas da economia de comunhão
Aspectos Metodológicos
Associação dos Funcionários do Polo Spartaco
Apresentação e Análise dos Resultados
Formação e instrução
Resultados do questionário aplicado
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