Abstract

Objetivo: apresentar e discutir os sentidos e impactos do redirecionamento do cuidado a usuários de drogas expresso nas mudanças na política de drogas brasileira. Metodologia: pesquisa documental tendo como base as mudanças recentes na política de saúde mental. Resultados: há um progressivo processo de abandono de estratégias cientificamente comprovadas e o reforço ao julgamento moral e à ótica bélica de combate às substâncias psicoativas ancorada na perspectiva de guerra às drogas. O Brasil, com a Lei da Reforma Psiquiátrica (no 10.2016), seguiu os passos da Luta Antimanicomial, um movimento mundial. Por outro lado, há, historicamente no país a atuação paralela de entidades privadas de cunho religioso no tratamento antidrogas, as chamadas comunidades terapêuticas. Conclusão: contemporaneamente, a política brasileira passou a priorizar expressivo financiamento público para as comunidades terapêuticas, instituições manicomiais que trabalham com a abstinência como princípio de tratamento, o que representa um retrocesso das políticas conquistadas pela sociedade brasileira.

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