Abstract

O artigo apresenta os resultados iniciais do projeto de Arqueologia Pública conduzido pela autora em Joanes - uma pequena vila de pescadores na ilha de Marajó, estado do Pará, Brasil -, considerando as ruínas de um sítio histórico (PA-JO-46) associado a uma missão religiosa instalada na vila por volta da segunda metade do século XVII. As reflexões sobre as percepções das comunidades locais acerca do sítio sublinham o entendimento da lógica subjacente ao ato de colecionar artefatos - prática local comum - e à formação de pequenas 'coleções domésticas'. Meu argumento é de que o colecionamento, nesses contextos, não pode ser classificado como ato de destruição, mas como uma forma singular de fruição do passado e do patrimônio. Acredito que essa discussão contribua para a compreensão das relações entre comunidades de pequena escala e o patrimônio arqueológico na Amazônia.

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